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Mostrando postagens de 2009

Milagres acontecendo em várias religiões...

Ouço relatos de pessoas desenganadas que se curam milagrosamente... Fui criada na tradição católica mas meu pai virou adventista do sétimo dia. Meu pai diz que os milagres de sua Igreja é que valem, os das outras religiões foram realizados pelos "demônios" para enganar os fiéis e lhes desencaminhar da única religião que salva, a Adventista. Em tempos em que a vontade global é a tolerância e o ecumenismo, acabo ouvindo ocasionalmente a seguinte frase: "Páre de tomar esses remédios, o único Salvador é Cristo." Sim, Cristo salva, é por isso que permitiu a existência da medicina. Isso me lembra a piada do fanático que estava quase morrendo afogado, mas negava a ajuda dos barcos que ofereciam a salvação dizendo que só Cristo salva! Morreu afogadíssimo e ao chegar ao Céu reclamou com Deus, que respondeu: "Fui eu que te mandei os barcos para te ajudar!" Acho que os barcos são as religiões do mundo, Deus não está muito preocupado em qual barco você sobe. Por isso

Brigando com a tristeza...

Ela chegou, entrou. Sentou-se no sofá, sem ser convidada. Eu a expulsei, mas ela continuou lá. Marido não estava com ela, mas briguei com Marido, jogando a culpa nele. Não adiantou, ela, ficou ali, teimando. Tentei convencê-la a ir embora, usando minhas técnicas de pensamento positivo. Ela apenas riu. Fui para a cama, mas ela deitou-se ao meu lado e exaria aquele cheiro de fracasso. Esfreguei-me com raiva, no chuveiro, e o cheiro penetrava nos poros, e eu comecei a ser inteira triste. Fui ao trabalho, mas ela ficou espreitando em casa. Quando cheguei ela me esperava, ansiosa. Fiz daimoku, mas ela gargalhou. Revoltada, peguei uma faca cega e esfreguei no pulso direito, com diligência... A pele não cedeu, resistente (é sua função afinal). Quanto mais eu esfregava, a dor me impedia. Não sangrou, mas desconfio que ainda que sangrasse, não haveria alívio, há socorro médico, e internação, hoje tem muita organização, há procedimentos, existem precauções e métodos, técnicas e metodologias, ciê

Crônica de uma enchente...

Da janela do meu televisor posso ver crianças nadando na lama, mas quem se importa, há águas piores para se banhar... Será que vamos deixar como herança um mar de impunidade para nossos filhos? Ela [impunidade] estimula os criminosos a desviar mais verbas que deveriam ser investidas em obras... Da janela do meu televisor eu vi um homem que amarrou os carros para não serem levados pela enxurrada e penso num novo tipo de pescaria... Aflijo-me aliviada em não estar fisicamente lá, mas meu coração está sentindo a dor do rapaz que perdeu mais de sete carros da sua revenda... Falar, nadar, estimular, desviar, investir, amarrar, levar, pensar, afligir, aliviar, sentir, perder... Sim, não há o verbo FAZER nesta crônica de uma enchente. Comento com meu marido as mesmas obviedades de sempre... Quedo-me impotente e assombrada com a estupidez do gênero humano, que se gaba se ser a única espécie possuidora de inteligência... Eu li um livro uma vez, chamado "A Natureza da Inteligência"...

Vampirismo Emocional

Às vezes sem perceber vampirizamos nossos familiares utilizando de jogos que os façam "sentir" coisas negativas como culpa, raiva ou inveja por exemplo. Todos nós sem exceção já passamos por algum tipo de joguinho desses. Lembra quando, em criança, fazíamos a famosa "birra"? Marido vive até hoje com esse tipo de jogo, é um aborrecimento para mim, mas por sorte, eu estou aprendendo a lidar. Outro tipo de jogo que suga emoções é o "Você vai me deixar aqui, sozinha(o)?" Este é ótimo para quem tem familiares doentes, e quer sair para se divertir um pouco. Por que? Não tem direito de sair e se divertir um pouquinho? Só porque o outro está doente e não pode sair temos que nos submeter a um regime de servidão total? Quem vive com pessoas carentes está sempre sendo vítima de um ou outro joguinho emocional e às vezes se pega sentindo culpado ou com raiva. Não tenha medo de se defender pois a super Xaxeila tem a solução: Tcharan: Escudo emocional. Ele funciona quand

Ibirapuera com Zona Azul

Hoje, 12/12/2009, havia um exército de uns cinquenta profissionais da CET só multando quem não punha o cartão da Zona Azul no estacionamento do Parque do Ibirapuera. Eu não sei se é uma boa idéia multar quem quer ir ao Parque. Daqui a pouco não vai mais ter nada de graça para se fazer nessa cidade, mas eu não sei mesmo se eu tenho uma opinião, porque quando nós chegamos tinha muitas vagas para estacionar e estava agradavelmente "vazio" eu quero dizer, que não estava desconfortavelmente superlotado como das outras vezes que estive lá. Acho um pouco contraditório poluir a atmosfera com carros para ir respirar ar puro no parque, mas também não consigo ver outra forma de alcançá-lo, pensei em bicicletas, metrô, mas considerando: (1) a falta de segurança para os ciclistas e (2) a carência de transporte público; acalmei meu sentimento de culpa por ter optado em ir de carro. Marido resmungou muito por gastar com estacionamento. Foi divertido até a parte em que Marido foi dar a volt

Flutuando nas palavras

Substituir os vocábulos, no eufemismo da psicologia. Sofrer transforma-se em resgatar, enquanto deprimir significa cansar. Resgatando pequenas coisas do passado me sinto cansada, são muitas pequenas coisas e meus braços são curtos. Ergui meus braços para abraçar a vida, mas ela estava fria e um pouco pontiaguda. Comecei a desejar então que ela me penetrasse as carnes dilacerando, mas a vida pelo contrário tem me fornecido alimentos e ar. No instrumento do meu corpo tentei compor uma música mas quando abri a boca emiti uns sons esganiçados e me pareceram desarmônicos aos ouvidos. Envergonhada, fechei a boca, mas o tom das notas sociais estavam agudas demais levando minha cabeça a gritar. Machucada, tapei os ouvidos com as conchas de cálcio dos meus preconceitos. Procurei então olhar para as cores e elas saltavam alegres, nas asas das borboletas e nas pétalas das flores até que um dia uma planta que eu muito amava murchou e por um instante trágico as cores do mundo se tornaram em preto e

Voltando para duas sessões de terapia por semana...

Depois da última tentativa de suicídio, há quinze dias atrás, tive que voltar a ter duas sessões de terapia por semana ou minhas terapeutas desistem. Elas dizem que é para controlar mais "de perto". Tentei contornar, dizendo que faltei em uma sessão e pulei umas doses do medicamento, mas não colou. Ou eu faço duas sessões ou não tem tratamento. Fiquei muito triste em retroceder, mas este transtorno é assim mesmo, por isso que é BI-polar. Eu já dei tanta força para tanta gente aqui nesse blog e agora tenho que confessar que não sei mais o que estou escrevendo aqui. É claro que devem ter percebido, pelos textos, que eu não 'tava "regulando" muito bem... Será que eu estava escrevendo coisas desconexas? Este desequilíbrio me deixa muito insegura com tudo na minha vida e inclusive estou com medo de ficar sozinha com meu filho, e se me der um "surto"? Eu seria capaz de me perdoar se algo de mal lhe acontecesse? Andei lendo uma estória espírita: "Tudo te

As listas de propósitos e objetivos...

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No final do ano, as pessoas costumam fazer balanços dos seus propósitos e muitas se frustram. O grande líder da Soka Gakai, Daisaku Ikeda (um dos maiores líderes mundiais a favor da paz ainda vivo) - costuma ter uma técnica simples com os propósitos dele. Como ele sempre os alcança na metade do ano, os triplica ou dobra, pois precisa ter algo para perseguir. Uma pessoa sem propósitos é uma pessoa morta, sem vida, sem sentido. Por outro lado, a leveza na perseguição dos objetivos, ajuda as pessoas a não suicidarem na noite do ano novo. Da minha lista de propósitos eu não alcancei NENHUM. Pois, é, nenhum. Nem um carro novo e nem um apartamento, sequer a harmonia dos familiares. Depois eu vou pensar onde eu errei, mas tudo bem por ora, não vou me descabelar, eu vou fazer assim, onde tem "Lista de Objetivos para 2009", eu vou riscar o número 2009 e escrever 2010. Simples. Vou fazer daimoku todo dia mentalizando os objetivos e tendo fé que eu vou fazer em 2010; e vou além: se não

Um banho inusitado

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Antes do ehr ... incidente eu ainda continuava na minha desesperada luta por dar um "up" na minha vida de lazer/relacionamentos/família. Arrastei Marido para um giro. Discutimos no caminho, É CLARO, ele me xingou de mal-educada e eu disse que era a mãe dele. Mudei de planos e entrei em uma outra cidadezinha. Deixei os dois (Marido e Filho) no carro e perguntei a um senhor na barraquinha de cachorro quente se tinha alguma cachoeira, onde eu pudesse ter um banho de "descarrego" (se é que vocês me entendem). O tiozinho ficou apaixonado!! "Vamos agora mesmo, estou de moto, você me segue com seu carro!" Foi muito bom! Eu me senti tão valorizada, eu nunca trairia Marido, mas eu gosto de saber que existem outras opções!! Eu respondi que não ia rolar, mas que ele me ensinasse o caminho. "Olha, cachoeira não, mas serve um laguinho?" O resumo da estória é que eu e meu filho tomamos um banho refrescante nesse laguinho aí da foto e Marido ficou só observand

Consequências do surto/susto

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Fiquei internada tomando oxigênio, por prevenção de parada respiratória. Dei um susto na minha mãe e familiares. Faltei três dias no trabalho. Estou com dores no abdome e braços. Fiquei com hematomas nos braços. Para meu alívio, ontem na consulta com psiquiatra, descobri que foi um surto psicótico provocado pela oscilação nos medicamentos, ocorrida há 15 dias atrás. Como o reembolso do meu trabalho só cobre genéricos e demorei para encontrá-los, acabei ficando uns três dias sem o estabilizador de humor, o que provocou este surto psicótico. Este exemplo aconteceu comigo, mas estou postando como um aviso para que sigam o tratamento EXATAMENTE como o(a) psiquiatra recomendou, estes remédios não são analgésicos, que tomamos a torto e a direito. São psicotrópicos, que agem em nosso comportamento, vontade e humor. Não INVENTEM. O que ocorreu extamente: uso um antidepressivo, para me tirar da tristeza e dar iniciativa. Uso um estabilizador de humor, para me deixar equilibrada. Conforme fiquei

Uma nova tentativa de suicídio

Vinte comprimidos de oxcarb. e meio litro de vinho. Foi o que eu fiz para ter uma parada cardíaca. Entretanto, a força da oração dos meus familiares e minha boa saúde fizeram com que eu rapidamente vomitasse todo o conteúdo e permitisse que apenas eu ficasse muito bêbada. Fui levada ao hospital mesmo assim, já que desci três andares por fora do edifício, já que meu marido me trancou em casa, porque eu queria ignorar o que havia feito e ir para o trabalho normalmente (isso acontece com o bipolar, numa segundo se mata e no próximo passa perfume e vai para o trabalho). O que aconteceu fou um surto de euforia, quando a iniciativa de fazer o que quer passa por cima de todo o bom senso... Escalar o edifício, sem rapel, é uma loucura. O risco de cair do edifício, já que eu estava bêbada, era iminente, mas para o bipolar, o risco não existe. A gente se sente o todo poderoso, não cai. Agora que estou melhor, vejo que foi um surto de euforia do transtorno bipolar. Essa fase é mais perigosa que

Uma fórmula científica para o poder da meditação?!?

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"Não obstante, como costumo sempre dizer, a energia é o quadrado da Massa X a Velocidade da Luz ou o quadrado do Número de pessoas X o seu nível de consciência." Masaru Emoto. Esse japonesinho, Masaru, fica mentalizando perto da água, congela a água impregnada de vibrações e depois fotografa: Esta foto é resultado do cristal de gelo que se formou em uma porção de água que recebeu as vibrações de "Amor e Gratidão". Quando eu era criança fui ensinada a benzer a água que eu ia beber. Eu fazia o sinal da cruz na água e me sentia melhor. Depois fiquei adulta, cheia de orgulho e conhecimentos e comecei a achar aquilo tudo uma grande bobagem. Depois aparece esse rapaz que tem uma câmera fotográfica potente e diz que meditar amor e gratidão transmite essas vibrações para a água. Então imagine um exército de japonesinhos do bem na cabeceira do Rio Amazonas e mentalizando amor e gratidão. Quanto tempo mais duraria a guerra religiosa no Oriente Médio? Aplicamos aquela fórmula

Reunir-se com amigos do passado...

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Chorei de emoção ao ver uma moça que trabalhou comigo há quinze anos atrás, foi emocionante. Eu voltei no tempo e comecei a me comportar de modo bem infantil, rindo muito como se estivéssemos revivendo aqueles tempos, foi muito divertido, todos senhores e senhoras agindo como adolescentes, falando alto, cantando. Essa foto que eu postei não tem nada a ver comigo, eu não sou assim, mas quando a gente volta a ser criança faz coisas infantis de novo. Não existe tempo quando podemos recriá-lo e a passagem do tempo, conforme a teoria da relatividade também é uma viagem no espaço. Como explicar sentir-se novamente uma criança e rir muito, como se meus problemas e tudo que eu passei durante esses dezoito anos de repente se apagassem da minha vida! Eu fiquei transformada porque foi como se meu eu interior reprogramasse a fita da minha vida na tela e eu pudesse refazer tudo de novo, de outro jeito. Espere aí. EU POSSO! Eu posso fazer de novo do jeito que eu quiser! O que me impede de voltar a t

"Coincidência"

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Eu, minha mãe, Marido e Filho deveríamos passar em um ponto de uma estrada no mesmo horário em que houve um grave acidente. Tendo tido um impulso, horas antes, liguei para minha mãe para pedir a ela que reservasse o quarto de hóspedes na casa de minha irmã onde ficaríamos todos. Quem atende o telemóvel é meu pai e o seguinte "diálogo" segue-se: - Pai! Tudo bom? - Pai, eu não gosto de dormir no quarto das meninas, pode pedir para mãe ligar para Shirlei para reservar o quarto de hóspedes? - Claro, filha, agora mesmo! O meu pai tem transtorno bipolar, e não assume, e os pacientes deste transtorno tendem a distorcer a realidade, criando fantasias, do nada. O meu pai desliga o telefone e diz: "D., pede para a menina arrumar o quarto de hóspedes, porque a Sheila vai dormir aqui hoje e só vai viajar para a casa da Shirlei amanhã cedo!." Cheguei do trabalho às 20 h e para minha surpresa minha mãe e filho não estavam aqui na minha casa, como vínhamos combinando durante toda

Meme

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Um pouco de mim em cinco revelações, lá vai: 1. Eu já morri. 2. Eu nunca estive em Austrália. 3. Eu sei chorar muito bem. 4. Eu quero um milhão de dólares. 5. Eu sonho com o dia em que estarei livre deste corpo carnal, compartilhando da companhia da minha verdadeira família. Obrigada por este selinho, vou passar para cinco blogueiras: Recomeçando, Saindo da Matrix, Vitoria Sempre, Aninha Pontes e Cantinho Bipolar...

Vocês tem uma lista de itens básicos de sobrevivência?

Cada vez que temos um blecaute minha lista de itens básicos de sobrevivência na selva vai aumentando. Ontem incluí um conjunto de walkie-talkes. Notei que não dá para confiar nos serviços de telecomunicações. Fiquei sem saber o que estava acontecendo com a minha mãe, porque a mensagem da operadora de telefonia fixa era sempre a mesma: "Este número está indisponível no momento". Agora minha lista está assim: 1. Uma MOTO. Não dá para evadir-se de nenhum lugar superpovoado velozmente de carro, as vias de fuga ficam congestionadas. 2. Pilhas e baterias (cem). Nunca se sabe por quanto tempo dura o caos. 3. Um revolver calibre 38. Não vou usar. É "just in case". 4. Rádio movido a pilha (2). No dia do blecaute, a TV falhou, o celular falhou, mas o rádio continuava firme. 5. Lanternas. 6. Isqueiros, fósforos, um pequenino botijão de gás de 2 quilos apenas meio cheio por causa do peso. 7. Sopas instantâneas (30). 8. Uma faca suíça. 9. Esteira e barraca de camping. 10. Binócu

Laura, você é o amor da minha vida

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Seus olhos espertos me olham: "tem é esse?" Eu pisquei. Suas mãos fofas devolvem: "eu não vou beber essa água com aranha não, xaxeila" Eu pisquei duas vezes. Seus olhos brilhantes me fitam: "xaxeila, o que é rinoceronte em inglês?" Quando eu abri os olhos a terceira vez, ela já fazia um discurso sobre a arte e a música indígenas. Ela é o Sol da minha vida, a Laurinha.

Mulheres boazinhas não enriquecem

Tenho um livro do Lois P. Franquel, chamado "Mulheres Boazinhas Não Enriquecem", que preciso reler! Ontem eu senti muita dor nos "roxos" do corpo que adquiri depois que virei mãe de uma criança de dois anos que não pára um minuto, mas cadê o meu Hirudoid??? Eu dei para a minha irmãzinha, 'tadinha, 'tava precisando, né, não podia deixar minha mana na mão. O detalhe interessante é que ela nem pediu emprestado, eu fiquei morrendo de dó do "roxo" dela, fui lá na farmacinha que eu tenho sempre completa em casa e dei para ela... Quanto custa um Hirudoid? Vou descobrir. Um outro consultor financeiro, Gustavo Cerbasi, diz que precisamos descobrir onde é o nosso "ralo". Isso mesmo, amigos, a grande maioria de nós tem um "ralo", para onde nosso dinheiro escorre desnecessariamente. Pensem bem, pode ser um farol onde nos pedem, uma família que nos explora financeiramente, uma mania excêntrica, um vício como o cigarro por exemplo. Pensem e v

A fazendinha

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Visitei uma fazendinha que fica no meio da metrópole, e recomendo a todos que curtem um clima de roça. Já pensou que maravilha a gente estressado, um trânsito irritante, você no meio da avenida mais movimentada da cidade resolve dar um tempo num lugar chamado "Fazendinha"? O conceito é totalmente do bem! As crianças podem andar de charrete movida a pôneis, mas nem tudo é só diversão, as crianças trabalham, elas ordenham, alimentam os animais e também fazem pão. Elas podem levar o pão que fizeram para casa. O conceito é interessante. Os preços são um pouco altos principalmente para quem tem muitos filhos. Nossa família de quatro pessoas (três adultos e uma criança) gastou R$ 102,00, incluídos já os R$ 9,00 do estacionamento. Digna de nota é a equipe de monitoria, que dá uma atenção personalizada para a criança, para isso começa com um crachá com o nome. Dirigem-se à criança pelo nome e são muito habilidosos ao lidar com o medo natural que elas tem. Meu filho L., depois de um t

Redução das sessões de terapia

Que mais pode sonhar uma paciente bipolar? Após redução de medicamentos, que me deixou esperançosa, minha psicóloga e eu pensamos em reduzir as sessões de psicoterapia, mas fizemos isso com muito cautela, pois a primeira tentativa de diminuição resultou em uma grande catástrofe e caí numa grande crise depressiva (outubro/2008). Sendo assim, estou felicíssima. Agora faço uma sessão por semana. Meu tratamento atualmente está assim: a. Medicamentos: oxcarbazepina - 1800 mg, distribuídos em 600mg de 8 em 8 horas. Cloridrato de sertralina, 100mg, uma dose após almoço. b. Terapia: UMA sessão por semana. c. Exercícios físicos d. Dieta sem álcool, gorduras, com muitas frutas e legumes. Perguntem se valeu a pena? "Tudo vale a pena se a alma não é pequena". (Fernando Pessoa, escritor português). E eu lá tinha escolha de ficar pensando se sim ou não. Ou eu suicidava ou fazia o tratamento, essa era a opção. O tratamento iniciou em 2005, com a depressão, que agravou-se em 2006, com uma te

Dicionário de Pensamentos

Não seria simplesmente maravilhoso se houvesse um dicionário de pensamentos, onde pudéssemos confiar que estamos indo bem? Pensamos: "Estou ficando velho(a)", iríamos ao dicionário de pensamentos, que seria um manual prático porque todo o ser humano que existe, existiu ou existirá na face do Planeta Azul depara-se com esse pensamento. Quando tenho alguns pensamentos, tenho medo de que estejam ou dentro dos meus genes ou dentro da "programação" que recebi. Eu suspeito que a educação popular é uma programação, que gera comportamentos "sustentáveis" para o sistema atual, refiro-me ao status quo. Depois que comecei a fazer terapia, tudo o que eu julgava ímpar, singular e original em meu modo de viver e pensar começou a ser descrito pela minha terapeuta igualzinho ao que eu sentia. Antes pensei que minha psicóloga fosse uma sumidade em saúde mental, mas com o decorrer das sessões de terapia percebi que na verdade, toda aquela perícia fora construída ao longo de

Terapia, Medicamentos, que nada!!

Vamos hoje ao Parque da Mônica! Vamos escorregar com o nosso filho naquele tobogã gigante logo na entrada, pular e brincar juntos nas piscinas de bolinhas, nos labirintos. Vamos assistir aos shows de bonecos, com músicas e temas educativos. Hoje, por exemplo, vai ter um show sobre a preservação das espécies ameaçadas de extinção. A Mônica vai aparecer disfarçada de elefante, para delírio do Cebolinha!!!! Na piso superior deixaremos nosso filho dirigir cadillacs ou beetles , sempre respeitando os sinais de trânsito. Depois vamos almoçar juntos e nos deitar cansados nos pisos macios dos brinquedões. No Laboratório do Franjinha vai ter uma experiência sobre a força centrífuga... Será que o L. vai ficar com medo da Tumba do Penadinho? Tem um casal de bonecos namorados que se transforma em lobisomem quando a lua está cheia! Não posso esquecer de levar uma máquina digital, para registrar os momentos inequecíveis que viveremos juntos! A vida é curta e hoje eu não vou tomar um único medicament

Duvido que a China cresceu quase 9 por cento no terceiro trimestre...

Isto está me cheirando a uma bolha financeira, e a tal crise mundial? Não estavam dizendo que seria uma catástrofe digna de 1929? Por que o governo resolveu taxar as entrada de recursos no mercado mobiliário brasileiro? Ah! Tá, entendi... Com menos entrada de dólares no mercado, evita-se uma supervalorização do real, o que contraria interesses do setor de exportação brasileiro. Quando o dólar cai, o setor de exportação ganha menos em reais nas liquidações de câmbio, isso é o risco de se querer desviar o ganho da venda do produto exportado em si para lucros cambiais que nada tem a ver com o processo produtivo da... soja, por exemplo. Por outro lado, os ganhos dos importadores aumentam assustadoramente com a baixa do dólar. Eu tive uma idéia, que tal se nós consumidores pagássemos mais barato pelas TVs de plasma, ai, estou doida por uma TV dessas, com o dólar a aproximadamente R$1,70 dá para economizar bastante, né? Não era mais fácil o governo ter criado um imposto chamado taxa de ganho

Bora-bora

O Bora-bora é um restaurante à beira-mar na praia dos Carneiros em Recife(PE). Neste restaurante tem uma estrutura digna do nível de turismo de Fortaleza(CE). Tem parquinho para as crianças, redes para descansar, espreguiçadeiras, um cardápio requintado, chuveiros, uma decoração típica do Nordeste e pecou apenas em um quesito: quantidade de banheiros femininos. Em frente ao restaurante, na maré baixa, forma-se uma gigantesca piscina natural frequentada por moréias, ouriços do mar, peixinhos coloridos de várias espécies que encantam os mergulhadores. Vale à pena ir lá conferir por si mesmo.

Tolerância Zero

Com a conjuntivite ardendo, Marido entra numa farmácia. Receita na mão se dirije ao balcão, com aquele péssimo humor que lhe é peculiar. Ele nem abre a boca, entrega a receita à moça, que lhe "pergunta", atenciosamente: "Isso é colírio?". O tempo fechou na hora. "Tu que trabalhas aqui nesta farmácia não sabe, e eu é que tenho que te dizer!? Eu não vou te dizer, vai perguntar à tua supervisora e cuidado para não me entregar o remédio errado, ouviste?" Quando eu digo que Marido é grosso todo mundo fica com dozinho dele, eu com aquela cara de a-malvada-maltradora-de-homens-mal-agradecida. Para exemplificar o baixo nível de tolerância de Marido conto uma outra anedota: Liga a moça da Magazine para cobrar um tal de G... que não mora aqui. A moça estava ligando pela quinta vez, acho que o cadastro deles está com o telefone daqui. Ouço a seguinte resposta: "Eu já falei que não mora nenhum G... aqui! Oiça bem o que eu vou lhes dizer, a próxima vez que ligarem

Um balde maior ou um furo menor?

Está exaustiva a minha luta, os pensamentos negativos vem em turbilhão, eu os afasto um a um, pensando em antítese, e isso toma toda a minha energia. Quando vou me deitar estou exausta, é como tirar água de uma canoa furada com um copinho. O copinho é meu pensamento e a água que entra na canoa são as críticas minhas e de Marido, entrando pelo buraco, que é o ouvido. Pra que tanta reclamação? Estamos aqui vivos temos direito de lutar calados, sem lamentações! Temos direito de tirarmos ambos um remo, e aplicar a nossa energia em navegar para águas melhores. Treinando o nosso ouvido, para ter mais paz de espírito e poupar nosso estoque de energia, podemos ser mais felizes. Estou exausta, mas aprendi que exausta é mil vezes melhor que deprimida, toda vez que eu me sentir sem energia e com vontade de morrer é porque estou cansada. Às vezes minha mente se enche de esperança e me sinto confiante. Vez ou outra vejo pessoas caminhando apressadas e imagino o que lhes interessa. Um emprego, um ca

Entrando numa crise depressiva com consciência...

Lá vem outra onda, a lua está minguando e a minha energia também. O banho fica difícil, eu sei e passo a me empurrar para atividades de lazer. Cinema, shopping, parques. Sabe quando você assiste a um filme, mas não está prestando muita atenção? É assim a minha vida de lutar contra uma crise depressiva, seu início, eu sou a personagem principal, coloco piadas, florezinhas, mas eu também sou espectadora e não presto muita atenção. Consciente de sua causa (lutar contra o mau-humor do Reis me deixou exasuta) ou causas (associado à ressaca da redução do antidepressivo), decidi não ligar para a psiquiatra. Ela vai querer aumentar o antidepressivo, eu não vou querer regredir. Quem sabe vai ser apenas uma hipomania? Estou com conjuntivite também, isso dá um pouco de mau-humor. Nem preciso dizer que o banho é dificílimo, decidi pedir ajuda a Marido. Vamos ver se ele vai ajudar ou se vai mandar-me defenestrar. Estar de férias do trabalho está me ajudando a deprimir. No trabalho o tempo passa rap

Um ano, cinco meses e 29 dias!

Sobre a licença-saúde do INSS. Atenção peritos do INSS, leiam sobre depressão e transtorno bipolar. Participem de grupos de apoio vejam o problema de perto. Vocês encaram uma moça bonita e pensam que eu sou uma preguiçosa. Minha segunda licença saúde durou um ano, cinco meses e 29 dias. Foi importante não ser um ano e meio, mas e daí, se fosse? Eu cheguei no trabalho e meu chefe fez uma cara de que-boas-férias-você-tirou-de-um-ano-e-meio. Com essa cara, sorrindo, ele diz: "Você ficou afastada um ano e meio, não é?" Eu retruquei: "Um ano e meio, não, um ano, cinco meses e 29 dias." Não precisava responder desse jeito, mas eu queria que ele soubesse que eu sabia exatamente onde estava, o que estava fazendo, com detalhes. Cada dia afastada é muito importante, um dia faz uma grande diferença. Ontem deitei às 20 horas porque não aguentava mais viver naquele dia imenso. O dia não acabava nunca. Dormir parece um pouco com morrer, e tem horas, eu GARANTO, que eu preciso mor

A imprensa é EF.

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A pessoa meiga acorda no alto astral, Marido cheiroso falou até bom dia, I. está bonita, com o cabelo preso, está tudo nota sete. De repente o violão sorriu para mim. Eu resolvi então aprender a tirar aquela música "Eu juro", do Amado Batista, que voltou a fazer sucesso nos anos 90 com Leandro e Leonardo. Liguei o computador, para pesquisar no google, onde estaria a cifra. Dou de cara com a foto de um ataque de tsunami. Sempre tem tsunami na Ásia, precisava azedar meu alto astral? Vou até tirar o hotmail da minha página inicial e voltar a colocar a do google. Aff, que mau gosto.

Yumi, te amo...

"Blablablablablablablabla.......Não li :P e sim, estava procurando no google sobre suicidio eficaz. e vou conseguir sair desse mundo podre. Não volto ao seu blog, se eu fosse vc também não ." Internauta Yumi fez esse comentário no meu post: "Métodos eficazes de evitar o suicídio". http://xaxeila.blogspot.com/2009/07/metodos-eficazes-para-evitar-o-suicidio.htm Pelo discurso parece transtorno bipolar, mas também não dá pra ficar diagnosticando todo mundo só porque aconteceu com a gente, mas é palavra por palavra o que eu pensaria se alguém tentasse me tirar da idéia do suicídio, porque quando uma pessoa procura no google é porque ela está DECIDIDA. Pelo menos, sei que ela estava pensando em matar-se e chegou no meu blog, isto é a metade do que eu queria, que os suicidas tivessem uma chance de perceber que o suicídio é para a depressão como a febre é para o resfriado. Um sintoma, que passa. Só que a febre não mata. A outra metade da minha intenção era mostrar o meu ca

Casais Burros Empobrecem Juntos - Capítulo 2 - O controle do portão

O controle do portão sumiu na praia. Marido aparentemente tem depressão e distraído esqueceu que deixou o controle no lugar mais óbvio do mundo, contra-sol. Aquele negocinho emborrachado que fica acima do vidro no carro, que a gente abaixa quando o sol interfere na visão do motorista, deitando no horizonte. Enfim, cansei de ficar incomodando o zelador toda hora e como Marido não dava conta do controle do portão, comprei um novo. Acabei de dar as costas pro chaveiro uma intuição iluminou minha mente. "O contra-sol!" Eu tinha olhado em todos os lugares impossíveis, com exceção do contra-sol. Ah, mas não deu outra... O controle estava ali, no contra-sol. Marido tinha colocado ali, e ali ele tinha estado bem bonitinho, bem obediente. Pensei em voltar ao chaveiro, mas... Preguiça. Raiva. Joguei um verde: "Marido, comprei o controle novo, está com o zelador, ele vai codificar, vlw?" Marido olhou assim, com raiva, [básico, ele sempre está com raiva, é intestino preso, gast

Casais Burros empobrecem juntos

Juntando eu e meu marido pagamos a conta de luz de abril e maio três vezes. E ainda conseguiram colocar o meu nome no SERASA. Devagarzinho, sabem, o transtorno é um transtorno, eu vou indo aos lugares, tipo PROCON reclamar minha indenização, afinal o meu nome era limpinho. Acontece quando o casal não se conversa direito, isso é normal, mas este post é pra deixar evidente que não ter uma boa comunicação atrai pobreza também, viu? Não pense que é só uma questão emocional. Em abril, não encontraram o pagamento da minha conta na concessionária Conbras, porque foi débito automático na conta do meu marido. Mês seguinte veio aquela famigerada mensagem na conta. Eu fui perguntar pra ele se tinha saldo na conta, ele ficou uma fera, começou a gritar comigo e ao invés de verificar o que aconteceu ele foi lá e pagou de novo. Fiquei com medo de perguntar do recibo, já que ele tinha gritado comigo e eu estava numa onda depressiva, eu estava bem fragilizada, de licença médica e nem atendia telefone,

Menos um medicamento!

Ontem fui à consulta e tive a dose do antidepressivo reduzida de 150mg para 100mg. Para os leigos e saudáveis significa que estou quase saindo da crise. Com a estabilidade parece que vou tomar apenas 50mg de antidepressivo. Com a solução da parte psicológica (os "grilos", entende?) vou ter uma chance de viver sem medicamentos, mas isso não é certeza, então não adianta ficar sonhando com uma coisa impossível, é apenas uma chance. Este blog objetiva demonstrar aos portadores do terrível transtorno bipolar do humor que existe luz no fim do túnel. Esse transtorno acarreta alterações no humor variando de "eufórico" a "depressivo". A fase eufórica é a mais perigosa. A pessoa fica "exaltada", comete erros do tipo dirigir perigosamente, brincar sem preservativo, comprar compulsivamente a crédito, ter impulsos estranhos, agredir quem ousa lhe lembrar que ela não é Deus. Ou do contrário, ela entra em depressão, que é a fase mais fácil de ser controlada, po

Dia mundial sem carro - tentação...

O dia mundial sem carro foi uma tentação para mim, porque eu fiquei com vontade de aproveitar para curtir a cidade toda só para mim, já que o trânsito iria ficar muito melhor, não é? Porém, o Superego falou mais alto, gritou, na verdade, e eu fui ser desenvolvida e sustentável. Uma comédia, só eu fiz isso lá no trabalho. Todo mundo foi de carro mesmo, porque estava chovendo. A viagem de trem foi tranquila, o vagão estava bem vazio e consegui um lugar para sentar. Houve "atrasos operacionais" no trem. Irônico... Quando chove o trem também fica mais lento, qual a vantagem para o cidadão? Ah, deixa eu pensar um pouco... Não sei, deixa o suspense... No ar... Na volta também demorou. Foi bom para a minha consciência cidadã, eu sou DEMAIS. O Dia Mundial Sem Carro também contou com a visita do prefeito ao transporte público... Amei isso porque os dirigentes precisam dar um bom exemplo. Ultimamente, com os desvios astronômicos de verbas públicas não temos tido muitos exemplos decente

Tentando olhar para a outra janela...

Numa janela um cemitério... Casamentos fracassados, dois. Sonhos e ilusões desfeitas, mais que duas. Ficar olhando esta janela me faz ficar lamentando. Lamentar não me ajuda em nada. A outra janela tem flores, crianças brincando, mães empurrando carrinhos de bebê. Tem praias, pôres de sol. Tem pássaros, gatinha, cachorrinhos. Tem chocolates e cafés da Kopenhagen. Tem rios e cachoeiras. Tem joguinhos de computador, notícias de descobertas científicas, tecnologias novas. Estórias de amor, livros para ler, fotos para tirar. Arte para construir, este blogue para escrever. Tem netos para mimar, sobrinhos para estragar. Cabelo da Cecília para aprender a pentear. Maquiagem para aprender, pintar o cabelo, está ficando branco. Danças para aprender, um novo ponto de crochê. Cidadezinhas pitorescas para visitar. Novos amigos para conhecer. Tem mais coisa na janela nova do que eu pensava. Precisamos todos abrir a outra janela da nossa vida, principalmente quando a janela antiga dá para um quintal

Polícia Militar Brasileira...

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"Sai daí, senhora!" A polícia montada me avisa que está lançando o cavalo sobre mim... "Cuidado, senhora!" Saí da frente, estava com meu filho que ama cavalos no colo... Eu queria mesmo era ficar ali, para ver a perícia da polícia em comandar o cavalo. Parece que a habilidade em ser bruto com as pessoas prevaleceu. Eheeee. Fui fazer um curso de planejamento profissional, mas vou ter que fazer primeiro um planejamento de lazer, aliás já fiz e estou tentando seguí-lo à risca. Hoje saí com a família: Foi difícil manter o meu filho sentadinho nesta cadeira. O passeio foi quase de graça... Estou morta de cansada, pois o meu filho, como sempre, resolveu tirar uma soneca, sobrou pra eu carregá-lo no colo. O tempo está passando rápido e estou viciada em um joguinho de cidade, pra variar. As viagens astrais estão cada vez mais lúcidas chego a tocar o meu corpo, sentindo a textura. Porém continuo vendo coisas tão malucas que sofro para entender. Mesmo assim relato no meu outr

Transtorno Bipolar e os amigos.

Você chega no trabalho depois de muito tempo afastada por uma fase depressiva do transtorno. Beija e abraça todo mundo e fica com aquele olhar distante. Não se lembrará de nada, afinal são dois meses de afastamento. Todo mundo está naquela pressão para terminar as tarefas, afinal, é 26/06/2009. Final de semestre. O clima está tenso. Você está bem devagar e este antagonismo te atira em uma outra dimensão psicológica. Você está bem, muito bem. Acabou de voltar para o trabalho e sabe como foi penoso conquistar este primeiro dia, afinal, teve que tomar banho. Passou por uma perícia com o INSS. O perito te olhou como se você fosse o pior fraudador do INSS, devido ao fato de as doenças mentais serem as mais fáceis de simular. Então você é um vencedor!! Aí seus amigos do trabalho te olham com pena e te tratam como se você fosse de cristal. O que você faz? O que você faria? Como se sentiria? Você abre a agenda e ela está com dois meses de páginas em branco. Um hiato na sua vida profissional. H

Eu só quero olhar para o meu filho...

Você nem parece um cunhado, parece mais um amigo, que bom ter um cunhado assim, continue assim, viu, não muda não... Sabia que eu só descobri que saio do corpo porque você me explicou o lance de olhar para as mãos? As mãos pareciam cachoeira... Comecei a fazer um bocado de experiências no mundo extrafísico. Seja bem feliz, aproveite a nova idade, blá, blá, blá. Obrigada por fazer a minha irmã e sobrinhas felizes. Chega! Ontem foi horrível aqui em casa. Marido não pediu desculpas por gritar comigo e eu não estou cansada, estou fatigada. Não tinha lá aquela energia para entrar num relacionamento, mas nem tenho agora para sair, vai ficando, ficando. Quero meu filho comigo, rápido. Estou pensando em uma maneira. Marido tem uma depressão profunda, semelhante atrai semelhante. Nos conhecemos em uma crise depressiva (minha, penso) e engravidei numa crise de euforia (minha). Agora que estou fazendo tratamento e me recuperando, encontrei marido um dia desses catatônico no sofá. Eu falava com el

Quatro Super Desafios para mim...

Às vezes eu desanimo com o astral devido à enormidade de conteúdo que eu vou ter que aprender. Mas sair do corpo conscientemente a primeira vez é como atravessar um terreno através de uma fenda, e essa fenda se afasta rapidamente do terreno onde você pisou. Você quer voltar para aquele querido terreno conhecido, seguro, mas ele vai inexoravelmente se afastando... cada vez mais... Você está na beira do abismo que se abriu entre os terrenos e a sua única escolha é... aprender a andar naquele terreno novo. Não dá pra fingir que você está sonhando... Entendeu... É uma coisa inevitável. De cara, me deparei com quatro superdesafios. 1. Respeitar os outros . Tem gente em desdobramento que não quer saber que está em desdobramento. Outros não querem conversa. Ninguém se torna anjo porque está fora do físico. 2. Diferençar formas-pensamento de outras pessoas . Algumas pessoas não são pessoas. São minhas criações mentais. O último método que usei foi absolutamente inadequado. Primeiro meti três d

Aglomerações podem ser perigosas nestes tempos de H1N1...

Mas para os suicidas pode ser uma delícia... E uma surpresa!!! Imagine, que delícia, chegar ao Shopping, tem vaga para estacionar... Tudo fica mais sem filas... Principalmente quando todo mundo está em casa, tremendo de medo do vírus H1N1. Torcendo para pegar o vírus. Não é torcer, veja bem, é uma coisa assim: "Se eu morrer com essa gripe não seria suicídio, seria?" Então vou ao cinema, ao shopping, viajo de trem lotado, coisas normais, todo mundo que precisa mesmo também faz estas coisas... Principalmente o trem lotado... Tenho vergonha de admitir que quero morrer, não quero me matar, apenas morrer. Nem a psicóloga sabe, tadinha, ela ficou tão feliz porque eu passei batom, arrumei o cabelo, [não tomei banho, mas com um perfuminho, ninguém notou, eu acho] também saí de casa com marido e filho, foi divertido, mas com aquela coisa, aquela sensação indefinível de que eu não estou MUITO ali, como explicar isso, como se eu fosse uma observadora de mim mesma, uma personagem num fil

Desafios de ser mãe...

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Hoje fui ao quarto de minha filha A., para perguntar se ela também queria ir conosco almoçar na vovó (dela). Bati na porta sem resposta e quando abri a porta, esperando encontrá-la dormindo até tarde, como é costumeiro, encontro a cama vazia... "A!" O cérebro racional morreu e aflorou o réptil. Me joguei à cama dela e abracei o vazio. O desespero tomou conta do meu coração. Esbaforida, liguei para o celular dela... Desligado. Outra vez... Caixa Postal... Fui à gavetinha do desespero.[ a gavetinha do desespero é o nome completo e telefone de todos os que estão junto com ela no momento em que saiu]. Peguei o telefone que eu não sabia de quem era, ele fica ali somente em caso de desespero, por isso é que é gaveta do desespero. Liguei para o celular que estava ali. O celular tocou, tocou, tocou, tocou. Liguei para o número dela de novo... Nada... Voltei a ligar para o tal de J. O telefone deu ocupado. Então, tendo falhado o plano de segurança da gavetinha do desespero, comecei a

Que sorte!

Quando me acontece alguma coisa minimamente legal, como encontrar uma vaga para estacionar no shopping center eu sempre exclamo:"Que sorte!" Para minha surpresa e aprendizagem, o número de que-sortes que tenho exclamado está aumentando dia à dia. Eu não acredito muito em feitiços e nem em bruxarias e portanto cheguei a várias e profundas dúvidas existenciais: Quando exclamamos que-sorte a sorte é atraída para nós? Ou quando falamos isso começamos apenas a notar as pequenas sortes que temos dia à dia e não tínhamos visto antes? Será que se pararmos para pensar que desde que levantamos até a hora em que nos deitamos cada minuto vivido é um milagre que não tínhamos valorizado? Será que é tão natural e óbvio assim estarmos encarnados? Será que tivemos que enfrentar uma longa fila de inscritos para podermos encarnar? E o fato de respirarmos a cada minuto, será que é uma permissão a mais? Quantas dúvidas! Tudo por causa de uma única vaga de estacionamento no shopping!

Uma criança índigo...

No meu trabalho tem muitos estagiários, e há um que tem a voz fina, parecida com a voz de uma mulher. Por acaso, no dia catorze, almoçamos no mesmo horário, na copa. No dia em que reclamou da falta de atendimento no ambulatório do posto de saúde, conversamos sobre o que o levou a buscar atendimento, que é um nó na garganta que o impede de engolir os alimentos. Perguntei se ele é da geração pós noventa, ao que a resposta foi positivo, arrisquei-me a informá-lo de que provavelmente ele seria uma criança índigo. "Criança índigo?? O que é isso???" Descrevi com detalhes como era a personalidade de uma criança índigo e o motivo do desconforto na garganta. "Exatamente isso o que acontece comigo!!! Sou uma criança índigo!!!" Ficou feliz em crer na possibilidade de não estar doente, eu arrisquei a estimulá-lo em dizer o que o incomodava para a pessoa que havia gerado o desconforto, de forma polida... Horas depois pediu-me que escrevesse em um papel recado o nome da geração:

É possível trabalhar e divertir-se, ao mesmo tempo?

O trabalho na minha seção é um trabalho, como diríamos? Chato... Boring . É chato mesmo. Confere, confere, confere de novo. Confere outra vez. Uma ameba bem treinada faria com perfeição. Então os estagiários pegaram um papel azul, um papel amarelo, alguns plásticos e fizeram uma "ameba". Fizeram um estagiário. Puseram nele uma blusa, óculos, e até lhe deram um aparelho de MP3 para ele trabalhar ouvindo música. Deram-lhe um nome e até um serviço chato. Foi muito divertido. Com criatividade é possível trabalhar rindo muito mesmo. Eu me apaixonei a primeira vista. O estagiário novo não fala nada, não se mexe, não faz barulho. Nessa minha fase eufórica do transtorno foi excelente. O nome dele é Wilson.

Eu odeio eu odeio.

Viram que está na moda "Eu odeio"? Muitas pessoas que eu conheço, preservando as identidades, e qualquer semelhança não é mera coincidência: "Eu odeio quando as pessoas usam uma roupa assim, assim, assim..." "Eu odeio isso quando a pessoa fala tal palavra xis..." "Eu odeio isso quando a pessoa faz uma cara desse modo..." "Eu odeio isso quando a pessoa faz um gesto tal..." "Eu odeio isso quando a pessoa age dessa maneira assim e assado..." "Eu odeio isso quando a pessoa tem um formato de corpo dessa maneira..." "Eu odeio o Ronaldinho, o Bush, a Ana Maria Braga, o Lula, o Hugo Chavez..., [e quem quer que seja o famoso odiável do momento]." Estava pensando sobre as pessoas que odeiam... Interessante... Eu falei que tinha dó daquele cara da novela que fingiu que morreu e foi deixado algemado e sem dinheiro numa cama de hotel em Dubai. Olharam-me como eu fora uma extra-terrestre. Consegui encontrar um site aqui

Caos na Saúde Pública - Taboão da Serra

No posto do centro de Taboão da Serra, as pessoas não são atendidas no mesmo dia em que procuram. Vocês vão dizer: "Essa moça pensa que está aonde? Nem no convênio as pessoas são atendidas no mesmo dia, nem no ambulatório médico!" Não, desculpem, me expressei mal; elas não são atendidas pela ATENDENTE. Só marcam vinte consultas por dia! Meu amigo pegou a senha 19 e não conseguiu marcar a consulta, porque alguém na frente dele teria marcado duas. Isso mesmo, no Brasil, na cidade da Taboão da Serra, no posto da prefeitura. Não marcam consultas para quem passar do número 20. Computador, agenda, telefone? Não existe nessa prefeitura. Meu amigo passou três horas na sala de espera para marcar uma consulta. Acho isso um desrespeito para com a população. Ao me contar, nota-se a tristeza por não ter um plano de saúde, mas não questiona o direito de ter saúde, garantido na Constituição...

Parque da Água Branca - Momento de Inferno

Marido aproxima-se com aquele lindo bebê nos braços e chama para ir embora. Eu dei tchau para minhas recém-adquiridas amigas fofíssimas, deixando-lhes meu e-mail, e Marido pede para irmos ver os cavalos. Quis nos fotografar no caminho, mas quem disse que L. faz pose? L. só quer saber de ver os cavalos. Tenho transtorno bipolar isto me faz ter uns brancos e não me lembro de muita coisa, só Marido dizendo vou embora. Pega as coisas, filho, e some. Eu fiquei ali, olhando os cavalos. Vi um homem negro do outro lado das baias com um bebê nos braços e pensei que fosse Marido. Fiquei olhando os cavalos e piscando para a fêmea. As fêmeas mamíferas se reconhecem umas às outras. Olhei para todos os cavalos e seus olhares me revelaram seus sexos. A égua tem um olhar feminino e seus traços são equinos. Equino fêmea. Fiquei ali, sentindo aquela energia fêmea, não sei por quanto tempo. Olhei para todo o lugar e não vi Marido. Olhei novamente em todo o lugar e só estávamos eu e o tratador dos cavalos

Pouco a pouco vou desenvolvendo a consciência.

Sonhar com uma mulher deitada numa cama de casal. Quem é essa mulher? Essa mulher sou eu!!! É o meu corpo físico deitado ali que o meu cérebro não reconhece e nem vai reconhecer nunca. O meu cérebro não "quer" ver duas Sheilas. Ele sempre soube que eu sou uma só. Então como essa mulher deitada aí na cama de casal pode ser eu? Só percebo que sou eu depois que acordo, claro! Acordo e bato a mão na testa, dizendo:"Estúpida, olha para o rosto, detalhadamente!" Eu tenho um trauma danado de re-entrar no corpo físico. É apavorante e depois tem o lance da paralisia do sono. É uma experiência terrível. 1. Sensação de ser puxada pelas costas para baixo [já não é legal, prefiro andar para frente]. 2. Sensação de penetrar um rígido e frio corpo.[isso mesmo, um cadáver, sensação de entrar em um cadáver].3. Ver e ouvir em volta conscientemente sem poder mover sequer um músculo da face. 4. Pavor de ser enterrada viva, gritar e ninguém te ouvir, ver através das paredes, saber a loc

A crise eufórica

Crise eufórica. Como descrever? Uma sensação onipresente, onipotente e onisciente. A pessoa se sente nada menos que: DEUS. Nada de mal vai te acontecer, você é DEUS. Fica descuidado, confiante. Pega o cartão de crédito e lá se vão R$ XXX (numa única tarde). Sua vida fica em risco. Se não perceber a tempo, vai a vida dos outros também. Seu discurso ganha um tom professoral, você sabe tudo, tem solução pra tudo, tem que falar tudo, se voce não falar o mundo vai perder um grande pensamento! Ficar calado é simplesmente uma tortura... E no treinamento? As pessoas te chamam de "engraçada", "divertida". É, não deixa de ser divertido para os outros. E nos transportes? As pessoas falam com você, você conta a sua vida pra todo mundo. Eu achei estranho, falei para a minha psiquiatra que isto é sociabilidade demais, mas ela disse que não, é da personalidade... Eu não sei, não... Por minha conta, diminui o antidepressivo da manhã, a Dra. A., falou que não tem problema, ela já ia