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Aglomerações podem ser perigosas nestes tempos de H1N1...

Mas para os suicidas pode ser uma delícia... E uma surpresa!!! Imagine, que delícia, chegar ao Shopping, tem vaga para estacionar... Tudo fica mais sem filas... Principalmente quando todo mundo está em casa, tremendo de medo do vírus H1N1. Torcendo para pegar o vírus. Não é torcer, veja bem, é uma coisa assim: "Se eu morrer com essa gripe não seria suicídio, seria?" Então vou ao cinema, ao shopping, viajo de trem lotado, coisas normais, todo mundo que precisa mesmo também faz estas coisas... Principalmente o trem lotado... Tenho vergonha de admitir que quero morrer, não quero me matar, apenas morrer. Nem a psicóloga sabe, tadinha, ela ficou tão feliz porque eu passei batom, arrumei o cabelo, [não tomei banho, mas com um perfuminho, ninguém notou, eu acho] também saí de casa com marido e filho, foi divertido, mas com aquela coisa, aquela sensação indefinível de que eu não estou MUITO ali, como explicar isso, como se eu fosse uma observadora de mim mesma, uma personagem num fil

Desafios de ser mãe...

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Hoje fui ao quarto de minha filha A., para perguntar se ela também queria ir conosco almoçar na vovó (dela). Bati na porta sem resposta e quando abri a porta, esperando encontrá-la dormindo até tarde, como é costumeiro, encontro a cama vazia... "A!" O cérebro racional morreu e aflorou o réptil. Me joguei à cama dela e abracei o vazio. O desespero tomou conta do meu coração. Esbaforida, liguei para o celular dela... Desligado. Outra vez... Caixa Postal... Fui à gavetinha do desespero.[ a gavetinha do desespero é o nome completo e telefone de todos os que estão junto com ela no momento em que saiu]. Peguei o telefone que eu não sabia de quem era, ele fica ali somente em caso de desespero, por isso é que é gaveta do desespero. Liguei para o celular que estava ali. O celular tocou, tocou, tocou, tocou. Liguei para o número dela de novo... Nada... Voltei a ligar para o tal de J. O telefone deu ocupado. Então, tendo falhado o plano de segurança da gavetinha do desespero, comecei a

Que sorte!

Quando me acontece alguma coisa minimamente legal, como encontrar uma vaga para estacionar no shopping center eu sempre exclamo:"Que sorte!" Para minha surpresa e aprendizagem, o número de que-sortes que tenho exclamado está aumentando dia à dia. Eu não acredito muito em feitiços e nem em bruxarias e portanto cheguei a várias e profundas dúvidas existenciais: Quando exclamamos que-sorte a sorte é atraída para nós? Ou quando falamos isso começamos apenas a notar as pequenas sortes que temos dia à dia e não tínhamos visto antes? Será que se pararmos para pensar que desde que levantamos até a hora em que nos deitamos cada minuto vivido é um milagre que não tínhamos valorizado? Será que é tão natural e óbvio assim estarmos encarnados? Será que tivemos que enfrentar uma longa fila de inscritos para podermos encarnar? E o fato de respirarmos a cada minuto, será que é uma permissão a mais? Quantas dúvidas! Tudo por causa de uma única vaga de estacionamento no shopping!

Uma criança índigo...

No meu trabalho tem muitos estagiários, e há um que tem a voz fina, parecida com a voz de uma mulher. Por acaso, no dia catorze, almoçamos no mesmo horário, na copa. No dia em que reclamou da falta de atendimento no ambulatório do posto de saúde, conversamos sobre o que o levou a buscar atendimento, que é um nó na garganta que o impede de engolir os alimentos. Perguntei se ele é da geração pós noventa, ao que a resposta foi positivo, arrisquei-me a informá-lo de que provavelmente ele seria uma criança índigo. "Criança índigo?? O que é isso???" Descrevi com detalhes como era a personalidade de uma criança índigo e o motivo do desconforto na garganta. "Exatamente isso o que acontece comigo!!! Sou uma criança índigo!!!" Ficou feliz em crer na possibilidade de não estar doente, eu arrisquei a estimulá-lo em dizer o que o incomodava para a pessoa que havia gerado o desconforto, de forma polida... Horas depois pediu-me que escrevesse em um papel recado o nome da geração:

É possível trabalhar e divertir-se, ao mesmo tempo?

O trabalho na minha seção é um trabalho, como diríamos? Chato... Boring . É chato mesmo. Confere, confere, confere de novo. Confere outra vez. Uma ameba bem treinada faria com perfeição. Então os estagiários pegaram um papel azul, um papel amarelo, alguns plásticos e fizeram uma "ameba". Fizeram um estagiário. Puseram nele uma blusa, óculos, e até lhe deram um aparelho de MP3 para ele trabalhar ouvindo música. Deram-lhe um nome e até um serviço chato. Foi muito divertido. Com criatividade é possível trabalhar rindo muito mesmo. Eu me apaixonei a primeira vista. O estagiário novo não fala nada, não se mexe, não faz barulho. Nessa minha fase eufórica do transtorno foi excelente. O nome dele é Wilson.

Eu odeio eu odeio.

Viram que está na moda "Eu odeio"? Muitas pessoas que eu conheço, preservando as identidades, e qualquer semelhança não é mera coincidência: "Eu odeio quando as pessoas usam uma roupa assim, assim, assim..." "Eu odeio isso quando a pessoa fala tal palavra xis..." "Eu odeio isso quando a pessoa faz uma cara desse modo..." "Eu odeio isso quando a pessoa faz um gesto tal..." "Eu odeio isso quando a pessoa age dessa maneira assim e assado..." "Eu odeio isso quando a pessoa tem um formato de corpo dessa maneira..." "Eu odeio o Ronaldinho, o Bush, a Ana Maria Braga, o Lula, o Hugo Chavez..., [e quem quer que seja o famoso odiável do momento]." Estava pensando sobre as pessoas que odeiam... Interessante... Eu falei que tinha dó daquele cara da novela que fingiu que morreu e foi deixado algemado e sem dinheiro numa cama de hotel em Dubai. Olharam-me como eu fora uma extra-terrestre. Consegui encontrar um site aqui

Caos na Saúde Pública - Taboão da Serra

No posto do centro de Taboão da Serra, as pessoas não são atendidas no mesmo dia em que procuram. Vocês vão dizer: "Essa moça pensa que está aonde? Nem no convênio as pessoas são atendidas no mesmo dia, nem no ambulatório médico!" Não, desculpem, me expressei mal; elas não são atendidas pela ATENDENTE. Só marcam vinte consultas por dia! Meu amigo pegou a senha 19 e não conseguiu marcar a consulta, porque alguém na frente dele teria marcado duas. Isso mesmo, no Brasil, na cidade da Taboão da Serra, no posto da prefeitura. Não marcam consultas para quem passar do número 20. Computador, agenda, telefone? Não existe nessa prefeitura. Meu amigo passou três horas na sala de espera para marcar uma consulta. Acho isso um desrespeito para com a população. Ao me contar, nota-se a tristeza por não ter um plano de saúde, mas não questiona o direito de ter saúde, garantido na Constituição...