Postagens

Cada uma que me acontece...

O débito automático da conta da concessionária de luz não funcionou e me cortaram a luz sem aviso prévio nenhum... Cada uma... Brasileiro não tem direitos... Onde já se viu? Dizem que é uma nova resolução ou liminar não sei daonde, só sei que eu nem fui avisada, nem sabia que estava atrasada, o erro foi da concessionária, que não mandou o débito para a conta. Meu teclado queimou, estou postando de um outro lugar, ninguém merece o Brasil, mas sei que a culpa é minha de não reclamar no PROCON, religaram no mesmo dia e está tudo resolvido com exceção do teclado.

Meu filho nem tem três anos...

Já está participando de uma competição na escolinha, quem vender mais ingressos para a festinha junina vai ser Mister ou Miss Capirinha... Não sei o que eu penso disso, se eu acho legal ou não. Depende como eu vou encarar o fato de ele não vencer, acho que não vou achar legal, vou me sentir fracassada. Não tenho o hábito de "levar na esportiva", acho que já levei tantas, estou tão derrotada que a simples menção de uma disputa já me deixa com medo e me lembrando de todas as vezes que eu perdi, de tudo que eu já perdi na vida. Eu tenho um livrinho que me chama de campeã porque eu fui um único espermatozóide que alcancei o óvulo, sou uma campeã nata, que interessante idéia, considerando que o espermatozóide é quase uma enzima, que nem sabe que tem outros competindo, corrijam-me os biólogos. Hoje eu estou naqueles dias em que eu sei que devo morrer imediatamente, preciso morrer, sou inútil, fracasso total, mas acho que essa sertralina genérica é que deve ser fracassada, mas por o

Uma palavra sobre as ONGs

Uma ONG é uma associação do terceiro sector , da sociedade civil , que se declara com finalidades públicas e sem fins lucrativos , que desenvolve ações em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para modificar determinados aspectos da sociedade . Bonita a definição da Wikipédia, nas frases anteriores, mas o que eu acho é que funciona de verdade. Hoje, no trabalho, um colega me mostrou uma agenda cultural com dezenas de eventos promovidos nas periferias de uma grande cidade. Envolvem música, teatro, literatura, entre outras atividades, mas são tantas, e tão variadas que creio que o número de crianças tiradas das ruas vai superar o número de crianças recrutadas pelo tráfico sendo que essa concorrência é desleal, pois a ONG nem sempre oferece retorno financeiro para essa criança, que não raro, é arrimo de família. Fiquei encantada com a quantidade de eventos e a variedade, é um verdadeiro renascimento. Em 2007, a Veja São Paulo publicou uma

Alegria, alegria

A alegria materializou-se na minha frente através de enfeites de palhaços. Na fachada um desenho colorido. Meu filho exultou, mas teve um pouco de medo porque o desenho era grande. A cama elástica foi o mais próximo do vôo que ele alcançou e... ele voou. Pulou, pulou e pulou. Muito alto, como ele gosta. Depois ele dançou na minidiscoteca. Com pulseira furtacor e colar piscante, não parava de demonstrar uma alegria que eu não me lembrava ser capaz de experimentar. Mas, sabem, para as mães a maior felicidade é ver o filho feliz, então me senti estranhamente feliz, como há muito tempo não me sentia. No final da festa [de aniversário de G., primo dele] tivemos que nos despedir, pois meu filho tem de passar a semana inteira na casa da avó, para que eu possa "trabalhar" (um argumento/desculpa inventado por todos para disfarçar minha inabilidade em cuidar de mim mesma e de meu filho). E novamente eu voltei ao estado de alma normal, que é triste.

Exaustos...

Marido e eu nos olhamos e sorrimos, pois cada um estava mais exausto que o outro. Não trocamos palavra. Sentamos em frente ao aparelho de televisão, que por acaso estava ligado, e nos deixamos ficar. Tentei dizer algo mas ele grunhiu, como resposta. Uma nuvem negra inundou a minha aura quando comecei a pensar que a vida toda será assim, afinal, não vejo perspectiva de mudança. Trabalhamos o dia todo e à noite, exaustos, não conseguimos produzir uma vida familiar digna de seres humanos. Se eu tenho idéias? É claro! Um jantar dançante, à luz de velas, sair para tomar um caldinho, ir ao cinema, sorvete. Mas como vingar essas idéias se os dois estão mortificados dos abusos no trabalho? Amigos, não gastem toda a vossa energia no trabalho, economizem um pouquinho para curtir a família, entendido?

Nova posologia, agora livre de antipsicóticos.

Agora vou passar a tomar 1,5 comprimido de 600mg de Oxcarbamazepina (estabilizador de humor) de manhã e 1,5 à noite. De manhã tomo também um comprimido de 50mg de Sertralina (antidepressivo). Comemorei a redução do número de substâncias porque todos estes medicamentos possuem terríveis efeitos colaterais! Sono, perda de concentração, memória, inteligência. A pessoa fica lenta como um zumbi, hipnotizada. Eu perco a vontade de brincar com Marido. (Escapou, não era pra falar isso!). Nunca deixem de tomar os medicamentos. Eu tive uma síndrome esquisita, pensei que fosse morrer. Deixei de tomá-los porque acabaram e caí numa depressão que me tirou a energia das pernas. Não conseguia andar direito porque elas não obedeciam. Fiquei andando bem de-va-gar-zi-nho. Tramei um coquetel de medicamentos com álcool e leite, mas no final eu não fiz, graças a saber que era tudo uma consequência da abstinência do remédio. Consegui me segurar até o dia da consulta com a psiquiatra e de posse da receita na

O vestíbulo

Há um terreno escorregadio entre a sanidade e o desespero com vegetações, terrenos e paisagens singulares. Qualquer um pode acordar um dia num pantano tenebroso e perder-se para sempre. Começo a sair lentamente desse pantano, mas parando para descansar pois venho alimentando sanguessugas há muito tempo. Trêmulas, minhas pernas avançam, tentando vislumbrar alguns pequenos matizes luminosos que vazam pela escura flora. Obviamente a gravidade do lugar, bem como a atmosfera, torna os meus esforços de levantar ainda mais hercúleos. Eu descobri que vivo no Umbral toda vez que avanço pelo portal do desespero. Se eu ouvir o chamado da autopiedade eu acordo ali e me sinto em casa. É por isso que me arrasto lentamente, para não ter a pele queimada na alegria do sol. Sozinha, porque essa viagem não tem guia. E eu olho, um a um, os amigos caminhando, pelo horizonte, uns mais jovens, outros nem tanto, alguns galopam leves como pumas em pradarias e outros até voam. Vou dormir e quando acordo estou u