A China cresceu mais de sete porcento no 1º semestre de 2009

E enquanto isso, num lindo país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, as comadres do Congresso estão discutindo a instauração de mais uma CPI. Ainda falta mais de ano para a eleição e as comadres não largam o osso, não acham que estão ricas o suficiente. O valor financeiro dos objetos "negociáveis" está diminuindo. Acabando o mensalão, agora não podem vender os votos, então os usam para castigar o governo, não aprovando o nome do diretor indicado pelo Governo para a ANA. Eu invejo o progresso da China, e vendo as galinhas do Congresso bicando as cabeças uns dos outros por causa de uns míseros grãos de milhão, isso me desanima sutilmente. Quando será que os interesses nacionais, como o crescimento econômico, a educação, o fortalecimento das instituições científicas, o combate ao desemprego e a distribuição de renda serão temas presentes nas notícias dos jornais? Estes assuntos são os preferidos nos discursos de campanha eleitoral. Dia seguinte à eleição e durante meses, há uma exaustiva discussão sobre a divisão dos cargos públicos entre os partidos da coalizão vencedora. Isto bem poderia ser feito antes da eleição! Os assuntos mais importantes, votam com pouca discussão, sem a profundidade de análise que merecem! Um bom exemplo é a separação do Campus santista da UNIFESP e a sua transformação em Universidade Federal do Litoral Paulista. O autor do projeto recém-aprovado, Aluísio Mercadante (PT), decerto pretende, com isso, elevar o número de Universidades Federais. A imagem que prevalece não é o sumiço de um campus, mas o aparecimento milagroso de uma nova Universidade, e com a vantagem de não precisar construir prédios, nem comprar mobiliário e sequer contratar professores novos. Decerto pensou que ninguém ia notar, com exceção de uns poucos mil alunos da UNIFESP, que foram aprovados em um vestibular difícil, para ter um diploma com o nome de uma renomada instituição e agora vão sair com um diploma de uma Universidade que sequer existe ainda... Então estrategicamente, espera que comecem as férias do meio do ano e submete o projeto à votação. Com a Casa completamente vazia, havia ali 35 deputados, o projeto ainda tevem quem votasse contra. Um outro exemplo da falta de interesse político pelos assuntos fundamentais, é a aprovação na nova Lei de Falências na véspera do Natal (2008). Alguém testemunhou ampla discussão a respeito destas duas importantes mudanças? A população prefere os assuntos picantes. Há uma estranha sensação em torno de desvendar crimes. Um terceiro exemplo, a LDO. Eu nem sabia que isto estava em pauta. É importante, é estratégica, é fundamental porque diz respeito ao investimento da arrecadação brasileira no ano de 2010. Quanto será destinado à Educação? Eu não sei e duvido que os deputados tiveram tempo e energia de analisar o orçamento, com tanta atenção dispendida à CPI. O interesse da maioria dos parlamentares já está na eleição do ano que vem, não na Educação. Antes de concluir, ressalvo que alguns parlamentares, mesmo tristes, mantêm-se satisfeitos com o seu quinhão, fiéis aos seus ideais políticos, tentando aprovar projetos realmente valiosos e representativos da maioria da população brasileira.

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