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Alegria, alegria

A alegria materializou-se na minha frente através de enfeites de palhaços. Na fachada um desenho colorido. Meu filho exultou, mas teve um pouco de medo porque o desenho era grande. A cama elástica foi o mais próximo do vôo que ele alcançou e... ele voou. Pulou, pulou e pulou. Muito alto, como ele gosta. Depois ele dançou na minidiscoteca. Com pulseira furtacor e colar piscante, não parava de demonstrar uma alegria que eu não me lembrava ser capaz de experimentar. Mas, sabem, para as mães a maior felicidade é ver o filho feliz, então me senti estranhamente feliz, como há muito tempo não me sentia. No final da festa [de aniversário de G., primo dele] tivemos que nos despedir, pois meu filho tem de passar a semana inteira na casa da avó, para que eu possa "trabalhar" (um argumento/desculpa inventado por todos para disfarçar minha inabilidade em cuidar de mim mesma e de meu filho). E novamente eu voltei ao estado de alma normal, que é triste.

Crônica da mulher traída - cap 2

Ela decidiu fingir que acredita, porém as emoções estão à flor da pele e toda vez que discutem (o que é todo dia sim dia não) ela lança na cara dele. Emoções são como cavalos, tem energia, força, mas tem que ser domesticados. A emocão de ser traída é no chacra cor de laranja, o esplênico, é o chacra por onde a energia do Universo entra na pessoa. Ela disse que sentiu uma mão espremendo sua barriga e um vazamento. Pode ser a energia tentando entrar por um canal fechado pois está ferido. O chacra esplênico é também o que controla as emoções no nível físico (porque existe um chacra que controla as emoções no nível espiritual, é o chacra do coração). O que podemos fazer para que ela abra novamente esse chacra e equilibre suas energias? Vamos sugerir que faça exercícios e dê muita risada. Isso vai criar a ilusão no organismo de que está tudo bem, como sempre, e liberar a energia do chacra. Assim talvez possa esquecer o trauma que passou e seguir adiante.

Relato de uma amiga anônima sobre ser traída

Uma mulher traída é como um programa de busca, você escreve uma palavra e o programa dá uma lista. É uma tortura porque o Google dá milhares de resultados, enquanto a cabeça de uma mulher enganada vai lendo: será que pagou o aluguel dela, que tipo de proteção usaram, que lugares frequentaram juntos e o pior, quais de seus íntimos segredos partilharam? Ela começa a lembrar-se de fatos: o dia que ele chegou de banho tomado, fingiu que acreditou na desculpa do vestiário do trabalho. Teve um outro dia que ele sumiu e não avisou. E o dia que ele adorou quando ela quis ir na casa de sua tia sem ele... Ela volta para pegar o controle do portão e o encontra com a mão no telefone! Para quem estaria ele ligando e por que esperou a saída da esposa? A neurose piorando a cada minuto dia adentro, inevitavelmente sua vida pregressa com o marido se transforma numa fraude. Seu silêncio (do marido) deixa de ser mau-humor e passa a omissão. Uma omissão que esconde os sumiços e os encobre. De repente algu