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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Milagres acontecendo em várias religiões...

Ouço relatos de pessoas desenganadas que se curam milagrosamente... Fui criada na tradição católica mas meu pai virou adventista do sétimo dia. Meu pai diz que os milagres de sua Igreja é que valem, os das outras religiões foram realizados pelos "demônios" para enganar os fiéis e lhes desencaminhar da única religião que salva, a Adventista. Em tempos em que a vontade global é a tolerância e o ecumenismo, acabo ouvindo ocasionalmente a seguinte frase: "Páre de tomar esses remédios, o único Salvador é Cristo." Sim, Cristo salva, é por isso que permitiu a existência da medicina. Isso me lembra a piada do fanático que estava quase morrendo afogado, mas negava a ajuda dos barcos que ofereciam a salvação dizendo que só Cristo salva! Morreu afogadíssimo e ao chegar ao Céu reclamou com Deus, que respondeu: "Fui eu que te mandei os barcos para te ajudar!" Acho que os barcos são as religiões do mundo, Deus não está muito preocupado em qual barco você sobe. Por isso

Brigando com a tristeza...

Ela chegou, entrou. Sentou-se no sofá, sem ser convidada. Eu a expulsei, mas ela continuou lá. Marido não estava com ela, mas briguei com Marido, jogando a culpa nele. Não adiantou, ela, ficou ali, teimando. Tentei convencê-la a ir embora, usando minhas técnicas de pensamento positivo. Ela apenas riu. Fui para a cama, mas ela deitou-se ao meu lado e exaria aquele cheiro de fracasso. Esfreguei-me com raiva, no chuveiro, e o cheiro penetrava nos poros, e eu comecei a ser inteira triste. Fui ao trabalho, mas ela ficou espreitando em casa. Quando cheguei ela me esperava, ansiosa. Fiz daimoku, mas ela gargalhou. Revoltada, peguei uma faca cega e esfreguei no pulso direito, com diligência... A pele não cedeu, resistente (é sua função afinal). Quanto mais eu esfregava, a dor me impedia. Não sangrou, mas desconfio que ainda que sangrasse, não haveria alívio, há socorro médico, e internação, hoje tem muita organização, há procedimentos, existem precauções e métodos, técnicas e metodologias, ciê

Crônica de uma enchente...

Da janela do meu televisor posso ver crianças nadando na lama, mas quem se importa, há águas piores para se banhar... Será que vamos deixar como herança um mar de impunidade para nossos filhos? Ela [impunidade] estimula os criminosos a desviar mais verbas que deveriam ser investidas em obras... Da janela do meu televisor eu vi um homem que amarrou os carros para não serem levados pela enxurrada e penso num novo tipo de pescaria... Aflijo-me aliviada em não estar fisicamente lá, mas meu coração está sentindo a dor do rapaz que perdeu mais de sete carros da sua revenda... Falar, nadar, estimular, desviar, investir, amarrar, levar, pensar, afligir, aliviar, sentir, perder... Sim, não há o verbo FAZER nesta crônica de uma enchente. Comento com meu marido as mesmas obviedades de sempre... Quedo-me impotente e assombrada com a estupidez do gênero humano, que se gaba se ser a única espécie possuidora de inteligência... Eu li um livro uma vez, chamado "A Natureza da Inteligência"...

Vampirismo Emocional

Às vezes sem perceber vampirizamos nossos familiares utilizando de jogos que os façam "sentir" coisas negativas como culpa, raiva ou inveja por exemplo. Todos nós sem exceção já passamos por algum tipo de joguinho desses. Lembra quando, em criança, fazíamos a famosa "birra"? Marido vive até hoje com esse tipo de jogo, é um aborrecimento para mim, mas por sorte, eu estou aprendendo a lidar. Outro tipo de jogo que suga emoções é o "Você vai me deixar aqui, sozinha(o)?" Este é ótimo para quem tem familiares doentes, e quer sair para se divertir um pouco. Por que? Não tem direito de sair e se divertir um pouquinho? Só porque o outro está doente e não pode sair temos que nos submeter a um regime de servidão total? Quem vive com pessoas carentes está sempre sendo vítima de um ou outro joguinho emocional e às vezes se pega sentindo culpado ou com raiva. Não tenha medo de se defender pois a super Xaxeila tem a solução: Tcharan: Escudo emocional. Ele funciona quand

Ibirapuera com Zona Azul

Hoje, 12/12/2009, havia um exército de uns cinquenta profissionais da CET só multando quem não punha o cartão da Zona Azul no estacionamento do Parque do Ibirapuera. Eu não sei se é uma boa idéia multar quem quer ir ao Parque. Daqui a pouco não vai mais ter nada de graça para se fazer nessa cidade, mas eu não sei mesmo se eu tenho uma opinião, porque quando nós chegamos tinha muitas vagas para estacionar e estava agradavelmente "vazio" eu quero dizer, que não estava desconfortavelmente superlotado como das outras vezes que estive lá. Acho um pouco contraditório poluir a atmosfera com carros para ir respirar ar puro no parque, mas também não consigo ver outra forma de alcançá-lo, pensei em bicicletas, metrô, mas considerando: (1) a falta de segurança para os ciclistas e (2) a carência de transporte público; acalmei meu sentimento de culpa por ter optado em ir de carro. Marido resmungou muito por gastar com estacionamento. Foi divertido até a parte em que Marido foi dar a volt

Flutuando nas palavras

Substituir os vocábulos, no eufemismo da psicologia. Sofrer transforma-se em resgatar, enquanto deprimir significa cansar. Resgatando pequenas coisas do passado me sinto cansada, são muitas pequenas coisas e meus braços são curtos. Ergui meus braços para abraçar a vida, mas ela estava fria e um pouco pontiaguda. Comecei a desejar então que ela me penetrasse as carnes dilacerando, mas a vida pelo contrário tem me fornecido alimentos e ar. No instrumento do meu corpo tentei compor uma música mas quando abri a boca emiti uns sons esganiçados e me pareceram desarmônicos aos ouvidos. Envergonhada, fechei a boca, mas o tom das notas sociais estavam agudas demais levando minha cabeça a gritar. Machucada, tapei os ouvidos com as conchas de cálcio dos meus preconceitos. Procurei então olhar para as cores e elas saltavam alegres, nas asas das borboletas e nas pétalas das flores até que um dia uma planta que eu muito amava murchou e por um instante trágico as cores do mundo se tornaram em preto e

Voltando para duas sessões de terapia por semana...

Depois da última tentativa de suicídio, há quinze dias atrás, tive que voltar a ter duas sessões de terapia por semana ou minhas terapeutas desistem. Elas dizem que é para controlar mais "de perto". Tentei contornar, dizendo que faltei em uma sessão e pulei umas doses do medicamento, mas não colou. Ou eu faço duas sessões ou não tem tratamento. Fiquei muito triste em retroceder, mas este transtorno é assim mesmo, por isso que é BI-polar. Eu já dei tanta força para tanta gente aqui nesse blog e agora tenho que confessar que não sei mais o que estou escrevendo aqui. É claro que devem ter percebido, pelos textos, que eu não 'tava "regulando" muito bem... Será que eu estava escrevendo coisas desconexas? Este desequilíbrio me deixa muito insegura com tudo na minha vida e inclusive estou com medo de ficar sozinha com meu filho, e se me der um "surto"? Eu seria capaz de me perdoar se algo de mal lhe acontecesse? Andei lendo uma estória espírita: "Tudo te

As listas de propósitos e objetivos...

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No final do ano, as pessoas costumam fazer balanços dos seus propósitos e muitas se frustram. O grande líder da Soka Gakai, Daisaku Ikeda (um dos maiores líderes mundiais a favor da paz ainda vivo) - costuma ter uma técnica simples com os propósitos dele. Como ele sempre os alcança na metade do ano, os triplica ou dobra, pois precisa ter algo para perseguir. Uma pessoa sem propósitos é uma pessoa morta, sem vida, sem sentido. Por outro lado, a leveza na perseguição dos objetivos, ajuda as pessoas a não suicidarem na noite do ano novo. Da minha lista de propósitos eu não alcancei NENHUM. Pois, é, nenhum. Nem um carro novo e nem um apartamento, sequer a harmonia dos familiares. Depois eu vou pensar onde eu errei, mas tudo bem por ora, não vou me descabelar, eu vou fazer assim, onde tem "Lista de Objetivos para 2009", eu vou riscar o número 2009 e escrever 2010. Simples. Vou fazer daimoku todo dia mentalizando os objetivos e tendo fé que eu vou fazer em 2010; e vou além: se não

Um banho inusitado

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Antes do ehr ... incidente eu ainda continuava na minha desesperada luta por dar um "up" na minha vida de lazer/relacionamentos/família. Arrastei Marido para um giro. Discutimos no caminho, É CLARO, ele me xingou de mal-educada e eu disse que era a mãe dele. Mudei de planos e entrei em uma outra cidadezinha. Deixei os dois (Marido e Filho) no carro e perguntei a um senhor na barraquinha de cachorro quente se tinha alguma cachoeira, onde eu pudesse ter um banho de "descarrego" (se é que vocês me entendem). O tiozinho ficou apaixonado!! "Vamos agora mesmo, estou de moto, você me segue com seu carro!" Foi muito bom! Eu me senti tão valorizada, eu nunca trairia Marido, mas eu gosto de saber que existem outras opções!! Eu respondi que não ia rolar, mas que ele me ensinasse o caminho. "Olha, cachoeira não, mas serve um laguinho?" O resumo da estória é que eu e meu filho tomamos um banho refrescante nesse laguinho aí da foto e Marido ficou só observand