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Mostrando postagens com o rótulo delírios do transtorno bipolar

Pensamentos soltos no ar...

Pensamentos são comportamentos e possuem energia, que pode estar impregnada nos locais onde foram pensados. A tomografia computadorizada consegue mostrar em que parte do cérebro são gerados vários tipos de pensamentos, os mais básicos, o que me convence da materialidade do pensamento. Algumas pessoas geneticamente possuem cristais de hepatita na glândula pineal que funcionam como uma antena segundo psiquiatras. É possível mudar o padrão energético de alguns locais através da oração, os pensamentos negativos são substituídos por palavras de cunho religioso, tornando o ambiente mais leve para quem possui aqueles cristais. As emoções que vem anexas a esses pensamentos podem estar ou não pairando no ambiente. Ou pairam no ambiente ou afetam diferentemente cada pessoa que capta determinado pensamento. Eu posso captar certo tipo de pensamento que não sei bem o que é e sentir uma emoção terrível sem saber porque ao passo que uma outra pessoa pode captar as mesmas vibrações e não ser afetada p

Rubem Alves lembra:

Um amigo do trabalho pendurou na salinha do café uma mensagem do Rubem Alves lembrando a necessidade de prestar atenção no que as pessoas estão dizendo. Eu tenho mania de completar o que as pessoas estão dizendo, isto é muito irritante. Isto me impede de ouvir. Mais grave é a mania de acompanhar o que as pessoas dizem com o pensamento, já pensando no que vamos responder, ou tentando advinhar intenções ocultas nas comunicações. Eu costumo ter prazer em fazer mil suposições destas intenções misteriosas e ao perceber, tenho que refazer todo o raciocínio: "Sheila! Pare de advinhar o que os outros estão pensando, porque eles não vão dizer mesmo... Concentre-se em responder objetivamente!" Eu sei que as pessoas podem ser MUITO más, porém o fato de não me ater aos dados apresentados na conversa, tentando imaginar quais seriam suas tenebrosas intenções, não me ajudaria em nada. Mesmo assim eu continuo criando hipóteses malignas. Que delícia de paranóia!

Alegria, alegria

A alegria materializou-se na minha frente através de enfeites de palhaços. Na fachada um desenho colorido. Meu filho exultou, mas teve um pouco de medo porque o desenho era grande. A cama elástica foi o mais próximo do vôo que ele alcançou e... ele voou. Pulou, pulou e pulou. Muito alto, como ele gosta. Depois ele dançou na minidiscoteca. Com pulseira furtacor e colar piscante, não parava de demonstrar uma alegria que eu não me lembrava ser capaz de experimentar. Mas, sabem, para as mães a maior felicidade é ver o filho feliz, então me senti estranhamente feliz, como há muito tempo não me sentia. No final da festa [de aniversário de G., primo dele] tivemos que nos despedir, pois meu filho tem de passar a semana inteira na casa da avó, para que eu possa "trabalhar" (um argumento/desculpa inventado por todos para disfarçar minha inabilidade em cuidar de mim mesma e de meu filho). E novamente eu voltei ao estado de alma normal, que é triste.

O vestíbulo

Há um terreno escorregadio entre a sanidade e o desespero com vegetações, terrenos e paisagens singulares. Qualquer um pode acordar um dia num pantano tenebroso e perder-se para sempre. Começo a sair lentamente desse pantano, mas parando para descansar pois venho alimentando sanguessugas há muito tempo. Trêmulas, minhas pernas avançam, tentando vislumbrar alguns pequenos matizes luminosos que vazam pela escura flora. Obviamente a gravidade do lugar, bem como a atmosfera, torna os meus esforços de levantar ainda mais hercúleos. Eu descobri que vivo no Umbral toda vez que avanço pelo portal do desespero. Se eu ouvir o chamado da autopiedade eu acordo ali e me sinto em casa. É por isso que me arrasto lentamente, para não ter a pele queimada na alegria do sol. Sozinha, porque essa viagem não tem guia. E eu olho, um a um, os amigos caminhando, pelo horizonte, uns mais jovens, outros nem tanto, alguns galopam leves como pumas em pradarias e outros até voam. Vou dormir e quando acordo estou u

Os valores das Nova Geração

Ontem eu lanchei com os estagiários de 19 a 21 anos e fiquei encantada com seus novos valores. Comecei provocando ao dizer que eu tinha tomado ecstasy numa balada (talvez eu tenha mesmo). Responderam que não se drogavam, nem iam a baladas e sequer colocaram uma gota de álcool na boca. Interessei-me e comecei a perguntar outras coisas, mas nenhum deles curte sexo, drogas e rock'n roll ou sua versão repaginada beijo na boca, ecstasy e balada. Será que finalmente estamos assistindo ao surgir de uma nova geração, agora mais ajuizada? Ao irmos para o assunto do cigarro, a reação foi igualmente a de repugno. Eles não fumam e não pretendem fumar. Sei que é cedo para definir uma geração inteira por causa de três estagiários, mas andei lendo alguns livros sobre as crianças índigo que começariam a nascer a partir de 1990 e consegui fazer uma relação mental. Alguns psicólogos estranharam o comportamento inatamente honesto dessas crianças índigo, são chamadas índigo, mas a comunidade científic

Sincronicidade e sonhos

Sonhar, sonhar, viver. Morar num barco ou num trailler, voar num parapente e ser astronauta. Quinta-feira eu vi um barco no acostamento. Alguém realizou um sonho de criança que também foi meu. Minha tia E. sonhava em voar, sonhava não, ela tentava diariamente e inclusive chegou a voar sobre um rapaz que andava de bicicleta, depois te conto. O que será que eu tenho direito nessa vida, medíocre. Trabalho, família, amigos, os dois primeiros muito mais. Mas o lazer fica apertado no orçamento, porque um paraglider custa mais de cinco mil reais no Brasil. Andar de motocross, surfar, mergulhar. Cavalgar, nadar, tudo isso custa caro. Sobrou andar no parque, correr na pista do condomínio. Espremendo o orçamento posso comprar um par de patins. Como disse minha amiga Yumi, num comentário desse blog: blá-blá-blá. Não há sentido mesmo para uma vida que é encaixotada dentro de um pequeno orçamento, acreditem: falo com conhecimento de causa. Resta uma dúvida: se eu tivesse condições financeiras de fa

Não gome (dorme) não, manhê!

Foi com essa frase ouvida de L., meu filho de dois anos que fui salva de um surto depressivo essa manhã... Uma pequena dificuldade em conseguir uma vaga na creche e pronto, já eu me jogava na cama, sem forças. Ouvi aquela frase e comecei a rir, é muito fofo, levantei e fui pro trabalho. O vocabulário de bebê é enorme e foi rápido para adquirir. Agora só restam as substituições de letras. R por L e dois ss por t. Em breve nem isso eu terei... O tempo está me engolindo e a passagem do tempo me assombra é como na mitologia grega, os filhos matando o pai, que por sincronicidade se chama Cronos. Os filhos são os dias. E eu também vou morrendo lentamente conforme passam os dias, isso não tem libro de auto-ajuda que me convença do contrário. Eu me consolo em ver meu filho, escrever aqui no blog, visitar meu verdadeiro lar durante viagens astrais. Ontem ele era um bebê e amanhã será um homem. Hoje eu sou uma mulher e amanhã uma cadáver. É o passar do tempo, eita mundo besta. Invejo os mortos,

Efeitos colaterais?

Viver com sono. Sem fome. Sem dor. Sem vontade de brincar com Marido. Os efeitos colaterais dos medicamentos vão destruir meu terceiro relacionamento? Marido não parece muito paciente com esses efeitos colaterais. Não tenho vontade de fazer absolutamente nada e quando bate a ansiedade - se minha ou colateral eu já não sei mais - eu começo a comer tudo o que tem pela frente e já ganhei três quilos. Ele, Marido, vive resmungando pelos cantos, não pode falar abertamente, para não detonar um surto suicida, mas eu ouço o zum-zum-zum do resmungo. Chorei muito ontem, começou quando eu li minha autobiografia, tem fatos tristíssimos narrados ali, a morte do meu primeiro bebê, por prematuridade, eu não aguentei. Depois passei um dia cinzento, apesar da presença brilhante de L., meu filho de 2 anos. Eu sei que é um fardo viver com um bipolar, mas eu já falei para Marido que ele está livre para voar, ele fica porque quer ou a porque a outra opção, ir embora, é deveras trabalhosa. Voltei para os li

Quando a gente pensa que já viu tudo...

Hoje eu me consolei em ver uma coisa inédita: um guincho carregando um caminhão de lixo. Fiquei tão feliz que nem percebi o quão lento pode ser um guincho carregando um caminhão de lixo, num acesso de via principal para uma via menor. Gente: é muito lento. Eu amei simplesmente porque me lembrei que nem tudo o que há para ser visto eu já vi. Este caminhão me fez perceber que talvez haja alguma coisa interessante nessa vida, no mundo aí fora. Eu preciso apenas saber para onde olhar. A televisão tem andado desligada, parece que todo mundo "encarnou" um espírito de catástrofe e só mostra ruindade. A bondade que está no meu coração não tem para onde se reconhecer e se sente sozinha. Quem sabe a minha bondade tem saudade da sua? Mas e quem sabe... Talvez ela, a minha bondade, precise encontrar a sua e a de mais alguém, depois juntamos todas as bondades e façamos um mundo muito melhor. Medo do futuro? Eu já tive, e hoje decidi por enquanto - minhas decisões não são tão duradouras en

Enésima consulta à psiquiatra

Na minha 66ª (mais ou menos) consulta à psiquiatra revelei minha dor em tomar remédios três vezes por dia e consegui reduzir a frequência para duas vezes, entenda, a mesma dosagem só que em duas administrações. Fiquei mais aliviada em saber que não vou mais ter que me preocupar com essa dose nomeio do dia, então fica mais simples, ao acordar e ao dormir. Vou contar que estou de amigo novo e isto me deixa feliz porque fazem muitos anos que não faço novas amizades que não sejam virtuais. Estou empolgada com o fato de poder conversar, desabafar, dividir meus medos e ansiedades com alguém que não me cobre por isso ou não seja minha família, com amigos, eu não sou de ter amigos, minha bipolaridade f... com tudo, porque esqueço os aniversários, percos os encontros, dou furos daqueles tipo, uma vez faltei ao meu próprio aniversário, marcamos para bebemorar e eu não fui. Pitoresco, a pessoa marca um evento em torno dela e não vai ao próprio. Meus amigos disseram que o MEU aniversário foi muito

Página em branco

Sabe as cores sumiram e eu virei um robô. Minha fala não tem modulação e as dos outros ficaram metálicas e sem entonação. Conheci um cara e ele falava como uma página do jornal Valor Econômico, se é que me entendem, ele não falava assim, mas contava coisas a respeito de si e para mim era como se eu estivesse a ler a cotação das moedas estrangeiras, não tinha emoção. Então eu vou me tornar um robô, os remédios tratam a minha depressão retirando as emoções. Parece adequado. Adequado, entendeu a deixa, adequado. Não é legal, ruim, nojento ou odioso, mas conveniente e adequado. Mas será que eu não ia preferir viver um vida intensa de emoções e morrer aos 40 do que viver uma vida adequada até os 120? Isso me remete à eutanásia, quando pensava em suicídio antes eu comparava à eutanásia, abreviação da dor de um paciente. Naquela época a dor era muito grande... Hoje eu não sinto realmente nada. Socorro eu não estou sentindo nada...

Precisei de Deus hoje.

E acho que talvez, provavelmente ele me atendeu. Estava muito cansada de tomar medicamentos, de ansiedade, de falar alto com as pessoas. Então, após ser acudida por desconhecidos, que me serviram água, voltei para casa e fiquei arrependida de ter dito a eles que havia ficado internada após tentar me matar afinal ninguém tem nada a ver com isso (eu acho). Fiquei aqui chorando e com vergonha. Tomei um antiansiedade e pedi a Deus que me levasse para ser tratada no hospital espiritual do Dr. Bezerra de Menezas. Pedi, mas depois, pensei que eu era capaz de ir lá sozinha. Antes de dormir, fiquei mentalizando que seria atendida naquele hospital, mas duvidei se eu tinha "bônus-hora" suficiente. Bônus-hora é um capital espiritual. Me sinto pouca coisa melhorzinha hoje, podem ser as horas de sono ou o tratamento espiritual, só me lembro de espiritualmente presenciar um trem sendo levado por águas sujas. Um carro também, especificamente um fusca branco. As pessoas que estavam na calçada

Bemvindo ao mundo do antipsicótico...

Ou... poderíamos dizer assim: "sossega-leão"? Não é ético e nunca foi, mas todos já brincamos em dizer: "Acho que vou tomar um sossega-leão." ou "Acho que você está precisando de um sossega-leão, hein?". Para mim isso não é mais engraçado, já foi, num dia que passou há muito tempo, tudo era cor-de-rosa, todos eram fontes de gozações, menos eu. Para um adolescente, a dor dos outros é tão grotesca e ridícula, aliás, a dor em si é tão...paradoxal. Porque Deus permite que a dor adentre os lares das pessoas? Uns experimentam seus lares desmoronarem encosta abaixo, outros assistem, estupefatos, seus entes queridos engrossarem estatísticas de acidentes fatais em circunstâncias estranhas, e uns poucos vemos nossas emoções turvando a razão causando consequências ridículas causados por diversos males mentais. Mas os que não forem contemplados na frase anterior não se preocupem: cada um tem seu quinhãozinho de dor, está parecendo que no quesito sofrimento Deus lembr

Datas e crises superadas...

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Natal, Ano Novo, aniversário de casamento desfeito, tudo junto passando, acabou. Num segundo mágico eu saio de um pesadelo, levantando, escovando os dentes, arrumando a sala, com um sorriso na face e, como não houvesse chorado, gritado, brinquei com Marido prazerosamente. A casa mudou de cor. Consigo, surpreendentemente, fazer um montão de coisas! Um vídeo, um ikebana, um texto! Eu existo afinal! Mas que coisa estranha é essa doença bipolar, agora, ainda, com um pouquinho de perigo! Perigo com os impulsos... de consumir e de poder... Me sinto capaz de dominar o mundo, HUAAAAAAH! Sugeriram que eu escrevesse um livro, "Convivendo com o transtorno bipolar", mas entretanto, dizem que uma médica já o fez. Minha auto estima disse que não, não consigo. Estou no FUTURO!!! Referências cinematográficas e literárias ao ano de 2010 não faltam, eu esperei tanto pelo ano 2000, mas ainda nao estava do jeito que eu queria que fosse, eu queria carros voando, como naquele filme, "O quinto

Milagres acontecendo em várias religiões...

Ouço relatos de pessoas desenganadas que se curam milagrosamente... Fui criada na tradição católica mas meu pai virou adventista do sétimo dia. Meu pai diz que os milagres de sua Igreja é que valem, os das outras religiões foram realizados pelos "demônios" para enganar os fiéis e lhes desencaminhar da única religião que salva, a Adventista. Em tempos em que a vontade global é a tolerância e o ecumenismo, acabo ouvindo ocasionalmente a seguinte frase: "Páre de tomar esses remédios, o único Salvador é Cristo." Sim, Cristo salva, é por isso que permitiu a existência da medicina. Isso me lembra a piada do fanático que estava quase morrendo afogado, mas negava a ajuda dos barcos que ofereciam a salvação dizendo que só Cristo salva! Morreu afogadíssimo e ao chegar ao Céu reclamou com Deus, que respondeu: "Fui eu que te mandei os barcos para te ajudar!" Acho que os barcos são as religiões do mundo, Deus não está muito preocupado em qual barco você sobe. Por isso

Brigando com a tristeza...

Ela chegou, entrou. Sentou-se no sofá, sem ser convidada. Eu a expulsei, mas ela continuou lá. Marido não estava com ela, mas briguei com Marido, jogando a culpa nele. Não adiantou, ela, ficou ali, teimando. Tentei convencê-la a ir embora, usando minhas técnicas de pensamento positivo. Ela apenas riu. Fui para a cama, mas ela deitou-se ao meu lado e exaria aquele cheiro de fracasso. Esfreguei-me com raiva, no chuveiro, e o cheiro penetrava nos poros, e eu comecei a ser inteira triste. Fui ao trabalho, mas ela ficou espreitando em casa. Quando cheguei ela me esperava, ansiosa. Fiz daimoku, mas ela gargalhou. Revoltada, peguei uma faca cega e esfreguei no pulso direito, com diligência... A pele não cedeu, resistente (é sua função afinal). Quanto mais eu esfregava, a dor me impedia. Não sangrou, mas desconfio que ainda que sangrasse, não haveria alívio, há socorro médico, e internação, hoje tem muita organização, há procedimentos, existem precauções e métodos, técnicas e metodologias, ciê

Crônica de uma enchente...

Da janela do meu televisor posso ver crianças nadando na lama, mas quem se importa, há águas piores para se banhar... Será que vamos deixar como herança um mar de impunidade para nossos filhos? Ela [impunidade] estimula os criminosos a desviar mais verbas que deveriam ser investidas em obras... Da janela do meu televisor eu vi um homem que amarrou os carros para não serem levados pela enxurrada e penso num novo tipo de pescaria... Aflijo-me aliviada em não estar fisicamente lá, mas meu coração está sentindo a dor do rapaz que perdeu mais de sete carros da sua revenda... Falar, nadar, estimular, desviar, investir, amarrar, levar, pensar, afligir, aliviar, sentir, perder... Sim, não há o verbo FAZER nesta crônica de uma enchente. Comento com meu marido as mesmas obviedades de sempre... Quedo-me impotente e assombrada com a estupidez do gênero humano, que se gaba se ser a única espécie possuidora de inteligência... Eu li um livro uma vez, chamado "A Natureza da Inteligência"...

Vampirismo Emocional

Às vezes sem perceber vampirizamos nossos familiares utilizando de jogos que os façam "sentir" coisas negativas como culpa, raiva ou inveja por exemplo. Todos nós sem exceção já passamos por algum tipo de joguinho desses. Lembra quando, em criança, fazíamos a famosa "birra"? Marido vive até hoje com esse tipo de jogo, é um aborrecimento para mim, mas por sorte, eu estou aprendendo a lidar. Outro tipo de jogo que suga emoções é o "Você vai me deixar aqui, sozinha(o)?" Este é ótimo para quem tem familiares doentes, e quer sair para se divertir um pouco. Por que? Não tem direito de sair e se divertir um pouquinho? Só porque o outro está doente e não pode sair temos que nos submeter a um regime de servidão total? Quem vive com pessoas carentes está sempre sendo vítima de um ou outro joguinho emocional e às vezes se pega sentindo culpado ou com raiva. Não tenha medo de se defender pois a super Xaxeila tem a solução: Tcharan: Escudo emocional. Ele funciona quand

Voltando para duas sessões de terapia por semana...

Depois da última tentativa de suicídio, há quinze dias atrás, tive que voltar a ter duas sessões de terapia por semana ou minhas terapeutas desistem. Elas dizem que é para controlar mais "de perto". Tentei contornar, dizendo que faltei em uma sessão e pulei umas doses do medicamento, mas não colou. Ou eu faço duas sessões ou não tem tratamento. Fiquei muito triste em retroceder, mas este transtorno é assim mesmo, por isso que é BI-polar. Eu já dei tanta força para tanta gente aqui nesse blog e agora tenho que confessar que não sei mais o que estou escrevendo aqui. É claro que devem ter percebido, pelos textos, que eu não 'tava "regulando" muito bem... Será que eu estava escrevendo coisas desconexas? Este desequilíbrio me deixa muito insegura com tudo na minha vida e inclusive estou com medo de ficar sozinha com meu filho, e se me der um "surto"? Eu seria capaz de me perdoar se algo de mal lhe acontecesse? Andei lendo uma estória espírita: "Tudo te

Consequências do surto/susto

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Fiquei internada tomando oxigênio, por prevenção de parada respiratória. Dei um susto na minha mãe e familiares. Faltei três dias no trabalho. Estou com dores no abdome e braços. Fiquei com hematomas nos braços. Para meu alívio, ontem na consulta com psiquiatra, descobri que foi um surto psicótico provocado pela oscilação nos medicamentos, ocorrida há 15 dias atrás. Como o reembolso do meu trabalho só cobre genéricos e demorei para encontrá-los, acabei ficando uns três dias sem o estabilizador de humor, o que provocou este surto psicótico. Este exemplo aconteceu comigo, mas estou postando como um aviso para que sigam o tratamento EXATAMENTE como o(a) psiquiatra recomendou, estes remédios não são analgésicos, que tomamos a torto e a direito. São psicotrópicos, que agem em nosso comportamento, vontade e humor. Não INVENTEM. O que ocorreu extamente: uso um antidepressivo, para me tirar da tristeza e dar iniciativa. Uso um estabilizador de humor, para me deixar equilibrada. Conforme fiquei