Não gome (dorme) não, manhê!

Foi com essa frase ouvida de L., meu filho de dois anos que fui salva de um surto depressivo essa manhã... Uma pequena dificuldade em conseguir uma vaga na creche e pronto, já eu me jogava na cama, sem forças. Ouvi aquela frase e comecei a rir, é muito fofo, levantei e fui pro trabalho. O vocabulário de bebê é enorme e foi rápido para adquirir. Agora só restam as substituições de letras. R por L e dois ss por t. Em breve nem isso eu terei... O tempo está me engolindo e a passagem do tempo me assombra é como na mitologia grega, os filhos matando o pai, que por sincronicidade se chama Cronos. Os filhos são os dias. E eu também vou morrendo lentamente conforme passam os dias, isso não tem libro de auto-ajuda que me convença do contrário. Eu me consolo em ver meu filho, escrever aqui no blog, visitar meu verdadeiro lar durante viagens astrais. Ontem ele era um bebê e amanhã será um homem. Hoje eu sou uma mulher e amanhã uma cadáver. É o passar do tempo, eita mundo besta. Invejo os mortos, mas não sei se devo... Pareço um feto perguntando-me se há vida após o parto.

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