Computador quebrado...
Esqueci de conferir o saldo e me cortaram a luz, tive de pagar taxa de urgência para religar. Agora meu computador ficou 10 dias quebrado por causa de uma queda de energia que queimou o cooler, mas a companhia elétrica nem ficou sabendo, eu não tenho força para ficar escutando gravação. Diga-me: onde está meu nariz de palhaça hein, Marins??? Ainda bem que eu não ganho dinheiro com esse blog senão ia dar um processo justo contra a concessionária de energia. Aliás, quem disse que eu tenho energia e vontade para processar alguém? Fico feliz o dia que eu tomo banho! Nós bipolares deveríamos ter advogado de graça para lutar por nossos direitos, não temos condições mínimas para ir atrás de nada. É uma festa para os abusos: é taxa do banco que cobram à vontade, é no cartão de crédito, na companhia telefônica, na seguradora... Eu realmente prefiro tomar um calmante e dormir, mantendo com isso um tênue equilíbrio mental e perpetuando uma revolta contra o sistema, status quo, whatever... Posso até ver as equipes de marketing discutindo: "Mas, e se alguém reclamar?" "Ah, a maioria não reclama! Mesmo que alguns reclamem ainda vai sobrar muito!" Perdôem-me os marqueteiros não estou querendo dizer que todos os profissionais de marketing são assim, só alguns. A lógica do maior lucro ultrapassa alguns valores morais, o que é tabu e o que é realmente valoroso? Segmentar os clientes para atender com maior atenção os que compram mais é discriminação ou é otimização de recursos humanos? Há um frágil limite entre formação de quadrilha e reunião do Conselho de Administração da sociedade anônima. Será que os defensores da boa moral são chamados de Dons Quixotes? Com certeza são votos vencidos numa sociedade em que o lucro líquido cada vez maior é o substituto da felicidade geral da nação. Não quero ofender ninguém, só que pensem um pouco antes de traçar seus planos estratégicos. Algumas decisões chegam a ser assassinas. Por exemplo, a empresa em que trabalho decidiu não pagar pelas minhas sessões de terapia. Elas são cruciais para meu tratamento, e eu não consigo pagar por elas sozinha. Como tenho uns impulsos suicidas minha família poderá acusá-la de assassina? Ou era apenas um favorzinho que me faziam e não tinham obrigação nenhuma? Estou muito confusa com relação a isso, deixem, nunca me mataria pois tenho dois filhos que ainda dependem muito de mim. Não me deixo vencer assim tão fácil.
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