Um balde maior ou um furo menor?

Está exaustiva a minha luta, os pensamentos negativos vem em turbilhão, eu os afasto um a um, pensando em antítese, e isso toma toda a minha energia. Quando vou me deitar estou exausta, é como tirar água de uma canoa furada com um copinho. O copinho é meu pensamento e a água que entra na canoa são as críticas minhas e de Marido, entrando pelo buraco, que é o ouvido. Pra que tanta reclamação? Estamos aqui vivos temos direito de lutar calados, sem lamentações! Temos direito de tirarmos ambos um remo, e aplicar a nossa energia em navegar para águas melhores. Treinando o nosso ouvido, para ter mais paz de espírito e poupar nosso estoque de energia, podemos ser mais felizes. Estou exausta, mas aprendi que exausta é mil vezes melhor que deprimida, toda vez que eu me sentir sem energia e com vontade de morrer é porque estou cansada. Às vezes minha mente se enche de esperança e me sinto confiante. Vez ou outra vejo pessoas caminhando apressadas e imagino o que lhes interessa. Um emprego, um carro ou uma viagem exótica? Escrevendo isso me frustro em ser tão curta em minhas idéias, meu pensamento está preso porque expresso através de palavras. Vou iniciar agora mesmo um treinamento para pensar através de imagens, iguais às das estórias em quadrinhos e sobretudo imagens oníricas, o quanto irreais forem, melhor, menos condicionadas. Isto é liberdade de pensamento ou é com delírio, alucinação? Revolto-me com as peias que me infrinjo ao pensamento galopante temendo ser este [pensamento] um sintoma da fase de mania. Quando vou ter a chance de ser realmente criativa, sem esse rótulo de bipolar? Eu preciso é de um balde maior ou de um furo menor senão minha canoa afunda nesse mar de emoções e me afundo de vez, sem controle, sem chance de recuperação. Revolto-me com o transtorno bipolar, contra os medicamentos, contra a terapia, tudo isso me cansa, e me encanta o fato de eu continuar ainda a lutar, mesmo exausta, recordo-me dos filmes épicos, Excalibur, Hércules, sempre tem aquela cena que o herói está assim no chão, com sangue, a vista turva; de repente adquire uma força misteriosa, pega a espada que estava caída ali perto e com um único golpe atinge o inimigo, eliminando-o. Doce ilusão, se eu pudesse fazer isso com a minha patologia. Só tem um jeito de acabar com ela e é acabando comigo, porque ela está em mim e eu estou nela. Não sei quanto tempo ainda vou aguentar isso, alguém está orando por mim, mandem e-mails para Nossa Senhora Aparecida, e para a deusa Kuan-In também. Ambas são poderosas demais.

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