Crônica de uma enchente...

Da janela do meu televisor posso ver crianças nadando na lama, mas quem se importa, há águas piores para se banhar... Será que vamos deixar como herança um mar de impunidade para nossos filhos? Ela [impunidade] estimula os criminosos a desviar mais verbas que deveriam ser investidas em obras...
Da janela do meu televisor eu vi um homem que amarrou os carros para não serem levados pela enxurrada e penso num novo tipo de pescaria...
Aflijo-me aliviada em não estar fisicamente lá, mas meu coração está sentindo a dor do rapaz que perdeu mais de sete carros da sua revenda...
Falar, nadar, estimular, desviar, investir, amarrar, levar, pensar, afligir, aliviar, sentir, perder... Sim, não há o verbo FAZER nesta crônica de uma enchente. Comento com meu marido as mesmas obviedades de sempre... Quedo-me impotente e assombrada com a estupidez do gênero humano, que se gaba se ser a única espécie possuidora de inteligência... Eu li um livro uma vez, chamado "A Natureza da Inteligência"... Este livro demonstra muitas habilidades cerebrais desenvolvidas pelos animais como: memória, percepção espaço-temporal, habilidades de localização geográfica, e muitas outras em que o homem fica muito atrás... Será que foi uma burrice desenvolver o raciocínio lógico ao invés de investir na inteligência espiritual? Ligue ou desligue a janela do televisor, nas imagens vemos uma pista... Uma pista, uma pista para a resposta ou uma pista de rolagem que eu possa voltar para casa... Depois de um dia de trabalho... Uma pista sem água, sem trânsito, paguei os impostos, eu só quero uma DROGA de pista sem enchente e com fluidez de trânsito!! É pedir muito, Senhor Prefeito?

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