Mulheres boazinhas não enriquecem

Tenho um livro do Lois P. Franquel, chamado "Mulheres Boazinhas Não Enriquecem", que preciso reler! Ontem eu senti muita dor nos "roxos" do corpo que adquiri depois que virei mãe de uma criança de dois anos que não pára um minuto, mas cadê o meu Hirudoid??? Eu dei para a minha irmãzinha, 'tadinha, 'tava precisando, né, não podia deixar minha mana na mão. O detalhe interessante é que ela nem pediu emprestado, eu fiquei morrendo de dó do "roxo" dela, fui lá na farmacinha que eu tenho sempre completa em casa e dei para ela... Quanto custa um Hirudoid? Vou descobrir. Um outro consultor financeiro, Gustavo Cerbasi, diz que precisamos descobrir onde é o nosso "ralo". Isso mesmo, amigos, a grande maioria de nós tem um "ralo", para onde nosso dinheiro escorre desnecessariamente. Pensem bem, pode ser um farol onde nos pedem, uma família que nos explora financeiramente, uma mania excêntrica, um vício como o cigarro por exemplo. Pensem e vocês vão descobrir onde é o(s) ralo(s). O meu é ser boazinha. Se alguém aparece com um dodói, lá se vai meu Hirudoid. Se é dor de estômago, Adeus sal de frutas. Até no trabalho me vejo distribuindo comprimidos para dor de cabeça, que sempre tenho (tinha); não tenho mais já que eu não suporto ver a dor dos outros e ficar quietinha, sabendo que eu posso aliviar a dor daquela pessoa. Um dia desses eu mesma fiquei com a cabeça doendo, isso foi uma lição, ao dar o remédio para os outros, privei-me, moral da história: primeiro eu. Desconfiei que as pessoas talvez pensem: "Estou com dor de cabeça, mas quando chegar no trabalho eu peço pra Sheila, ela tem." O lado bom de tudo isso é que eu nunca mais tive nenhuma dor! Uma vez a minha cliente ficou sem carro e eu ofereci o meu. "Pode ficar com ele quanto tempo quiser, eu quase não o uso mesmo!". A cliente foi conscienciosa, mas se fosse outra, ia "deitar e rolar", como muitos fazem. Minha vizinha está com o meu secador de cabelo, faz duas semanas, isso é um abuso, mas a desculpa que ela dá é que não consegue me encontrar, para devolver. Não empresto mais, é abuso. Às vezes eu penso que não existem pessoas desinteressadas, que queiram a minha companhia por si só, mas aproximam-se para tirar alguma vantagem. Como tenho poucas (vantagens) a oferecer tenho a minha mãezinha e só. Tenho vocês, amigos da internet, acho a internet um salto antropológico porque na internet as tribos não precisam partilhar do mesmo espaço geográfico. Então aqui temos uma pequena família de "pacientes bipolares", ali temos uma outra família de "nerds loucos por RPG" e uma pequena comunidade no orkut formada por médiuns capazes de sairem do corpo quando lhes apraz. Mesmo na internet estamos sujeitos a vários tipos de "ataques", tudo bem, isto é oquei. Não dá para confiar em ninguém, não é mesmo? Então nós tomamos as nossas precauções, fazemos seguros, nos trancamos, colocamos os dólares na cueca. Fazemos o possível, quando me pedirem emprestado eu digo que não posso, não tenho, não vai dar, não tá comigo, vai te catar. Vai te catar, gostei, vai-te-catar, vai-te-catar, vai-te-catar. Vou ter que treinar muito o vai-te-catar, porque eu sou meiga demais, não consigo ofender e nem dizer não para as pessoas. "Mulheres Boazinhas Não Enriquecem", kkkkkkkk, quem foi que disse que eu vim enriquecer, eu vim para ter filhos, kkkkkkk, eu amo ter filhos.

Comentários

busquesantidade disse…
Xiiii! Xaxeila! Parece que temos muita coisa em comum. Hoje mesmo ouvi isso:"Mãe, vê se não dá as coisas que compramos hoje pros seus pobres, tá bom? Compramos prá nós". Coisa de gente boazinha! Rsrsrs... Por isso sou pobre, pobre de marré de si. Será mesmo? Mas se quem dá aos pobres empresta à Deus? Então esse não dever ser o motivo. Abraço fraterno. Lourdes Dias.
Anônimo disse…
Até hoje nunca disse um vai te catar pra ninguém... Mas cotinuo treinando... A vizinha devolveu ontem o secador de cabelos.

xaxeila
Unknown disse…
Lourdes e Xaxeila! Eu frequento um centro Kardec, lá aprendemos que devemos ser humanos e dividir o que temos à mais, não o que compramos para nós. Existe um tênue muito fino entre a bondade e a burrice; desculpa as palavras. Meu marido pensava assim, dava as nossas comidas, as roupas, dinheiro, até que viu que estava sendo explorado; ele não acordou de manhã e resolveu: Não ajudo mais ninguém, ele aprendeu a filtrar as necessidades. Um secador de cabelos não é uma necessidade.
Beijos no coração de vocês duas e desculpa o pitaco.

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