Mais do lado de lá, que de cá...

Em desdobramento astral desconfio que é possível viajar no tempo, não só para o passado e outras encarnações, como também se pode ir ao futuro e ouvir o que vai acontecer. É engraçado, pode-se ouvir claramente sons de vozes das pessoas e se você se lembrar pode até escrever, como eu faço, às vezes. No relógio da cozinha marcava 13 horas, o sol estava alto, meus pais conversavem ali, riam, minha mãe cozinhava alguma coisa, mas ainda não são 13 horas. São sete da manhã. Eu estou deitada aqui na sala, dormindo, porque o quarto está uma geladeira ou geleira, como preferirem. Eu me levanto do corpo, e estou sonolentíssima. Perturbadíssima, eu não entendo porque sinto tanto sono, uma vez que são 13 horas... Eu tento me apoiar no rack da sala mas o rack traspassa minha mão como se minha mão fosse de ar. Com sono, caio no corpo novamente. Enquanto fora do corpo ouço vozes na cozinha, e no cochilo não ouço nada. Ao cair no sono, me vejo novamente em pé junto ao rack. Pensando que acordei, que estou apenas com muito sono, tento me apoiar novamente no rack, mas eu ainda estava fora do corpo e pensava que era uma da tarde, mas achava estranho o fato de eu estar ainda com tanto sono a esta hora. Me revoltei contra a minha doença, achando que eu estava mesmo acordada, achando que eu tinha dormido até a uma da tarde!! Já não estavam os meus pais, apenas Marido na cozinha. Novamente, caí de sono, ao tentar me apoiar no rack da sala. Detalhe interessante: os objetos no rack, os cedês, os livros, os álbuns de fotografia, tudo estava na mesma disposição que estão agora! Várias vezes tentei me levantar mas o corpo ficava deitado, pois eu estava ainda com muito sono... É horrível, é uma sensação de que eu estou em pé, mas caindo de sono, parece que eu estou dormindo em pé e posso cair no chão a qualquer momento. Tenho que voltar atrás na minha hipótese de que o espírito não se perturba após a morte, já que eu, estando fora do corpo, sentia o sono que o meu corpo deitado sentia. Concordo em partes com Alan Kardec, o espírito sente sensações quando está fora do corpo. Sente fome, sede, sono. Estas sensações devem cessar com o retorno ao corpo, pois eu me sentia aliviada ao cair no sono. ENTRETANTO, em um caso de morte, em que o corpo já não dorme, nem respira, é possível que no caso de uma ligação entre o cordão fluídico e o corpo inerte, a pessoa possa sentir-se muitíssimo perturbada no caso de não acreditar em vida após a morte. É possível que ela volte ao corpo e ao sentir-se sufocada, volta ao astral, com sono desmaia novamente sobre o corpo, sente-se sufocada, e em ciclos repetidos e rápidos, entre e saia no corpo, sentindo algum sofrimento, mas principalmente, e acredito que isto seja o pior, a inconsciência do seu estado. Veja bem: eu apenas percebi aquelas experiências depois que voltei ao corpo e acordei. É possível que se eu tivesse morrido durante o sono por algum motivo eu nunca percebesse o que estava se passando na realidade. E até que eu me lembrasse de Deus, como já aconteceu diversas vezes em minhas viagens astrais ( isto eu garanto, lembrar de Deus e pedir socorro é garantia de atendimento imediato - a mesma coisa que ligar para o 190 ou 111 para que estiver fora do Brasil.), até que eu me lembrasse de Deus, eu ia ficar ali naquele ciclo. O resgate dos socorristas espirituais encarnados e desencarnados não ocorre sem o chamado. Vou ter de concordar com Kardec que é necessário pedir auxílio para obtê-lo. Os espíritos podem ficar anos a fio em uma situação perturbadora, sem se dar conta do seu estado. Sobre sentir o corpo se desintegrar, ser roído por vermes, reviver o momento da morte, sobre isso eu não sei, não posso afirmar, mas posso desconfiar que sim, inferindo que se um espírito em desdobramento pode sentir fome, sede e frio, possivelmente ele poderá sentir dor. E, um porém, admitindo-se que o cordão fluídico sempre se rompa no momento da morte ( a minha hipótese) nesse caso o espírito não sentiria mais nada. O rompimento do cordão de prata no momento da morte, para Kardec, nem sempre é rápido e fácil. Eu estive numa situação de salvamento de um cadáver muito estragado, no qual eu ajudei a fazer o desprendimento com doação de energias (possivelmente, já que eu apenas me lembro de estar voando por aí e abraçar uma coisa com a pele do rosto caindo). O desdobramento inconsciente é uma boa oportunidade de saber como é a sensação de desencarnar sem saber o que aconteceu. É uma pena as pessoas não se lembrarem dos desdobramentos pois dava para criar uma ciência melhor que a projeciologia. Dava para fazer a alemmorteterapia. Sabendo unir a colcha de retalhos dos relatos dos desdobradores astrais conscientes e inconscientes daria para escrever um tratado. São milhares e milhares de relatos. O curioso do que acontece comigo é que na data em que tenho o desdobramento tenho certeza que existe um espírito e um corpo, separados mas unidos por energia. Passados alguns dias, eu começo a duvidar se foi sonho. Eu estava fora do corpo, via Marido na cozinha, via a sala na mesma disposição, tentava levantar e o corpo ficava ali inerte, com certeza. Hoje eu estive fora do corpo. Resolvi escrevir isso hoje para manter a convicção firme do ocorrido. Eu sei que depois de amanhã o meu juiz interno vai dizer que eu "viajei" (alucinei). A explicação para minha facilidade em sair por aí esquecendo o corpo deitado deve ser eu estar mais do lado de lá, que de cá...

Comentários

Aninha Pontes disse…
Estranha sensação. Mas possível. Por que não?
Já me senti fora do corpo, mas estava em coma.
Um beijo menina.
Xaxeila disse…
É, quando eu tive anestesia geral dei umas voltas pelos quarteirões contíguos ao hospital. Era Carnaval e havia uma lanchonete onde uns rapazes riam-se e tomavam cerveja. Muito real mesmo, muito real! Dá pra abraçar os nossos parentes que partiram, matar a saudade! É muito aliviante abraçar os entes que partiram, conversar com eles... É muito difícil de se lembrar dos detalhes bem nítidos como eu me lembro. Acho que deve ser por causa de um monte de remédios que eu tomo! Um beijo Aninha!

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