O que vai sobrar do Kardecismo?

Estou acompanhando blogues espíritas e pesquisando dimensões de consciência espirituais, por mim mesma. Lembre-se de que a Bíblia dá este conselho na Epístola aos Romanos: Examinai as Escrituras e abraçai o que é bom! Em Provérbios: Pobre daquele que acredita em outro homem. Pensemos, pensemos, cada um pense com autonomia baseando-se em suas próprias experiências e utilizando a Verdade que trazemos em nosso íntimo. Lembre-se que antes de nascer, éramos Um com o Todo. Compartilhávamos de muitos conhecimentos que ora estão cobertos pelo véu da ilusão material. Encontrei um rapaz que está querendo expulsar, com razão, os ensinamentos de Ramatis da doutrina. Ele luta, com todas as suas forças, para que as obras de Ramatis sejam definitivamente banidas do Kardecismo. O que vai sobrar do Kardecismo? Quem vai ficar? Está muito divertido. Ramatis já foi... Estou agora muito preocupada com um livro de Ary Lex, "Sistema Nervoso e Mediunidade", o qual estou analisando. O livro de Ramatis parecia bastante sério, bem como o livro de Ary Lex e portanto não me cansarei até encontrar os furos lógicos e metodológicos. Ele, o Ary Lex, critica seus colegas espíritas que associam a glândula pineal à mediunidade. Com isso, toda a corrente teosofista rui pelo critério de Ary Lex. Já não gostei. Como uma pessoa crente em espiritismo pode duvidar de um teosofista? Por agravante, o autor chama as sérias crenças dos teosofistas de "fantasias". Está bem, só para exemplificar, o que lhe parece a imagem de um corpo em putrefação ligado por um cordão fluídico invisível a um espírito que sente os vermes lhe roendo as carnes? Parece menos fantástico? O que quero dizer é que se uma pessoa acredita em uma tese ainda não comprovada, não significa que esta tese seja uma fantasia, por mais estranha que pareça, as duas hipóteses (teosofista e kardecista) são possíveis... Imagine se vocês chegassem para uma pessoa da Idade Média dizendo que é possível falar por um aparelho de plástico com outra a milhares de quilômetros de distância? Provavelmente ele lhe responderia que é uma "fantasia". Respeitar a crença e as teorias dos outros é uma ética perfeita para que quer ter a sua teoria respeitada. Ary Lex para mim, só por esta afirmação, de atacar os teosofistas, "já era". O que vai sobrar do Kardecismo? Estou tentando descobrir, já que os próprios espíritas kardecistas não decidem o que é verdade e o que é "fantasia" naquela doutrina. Talvez o mal do Kardecismo seja querer detalhar demais as descrições do Além, cujo vislumbre se deturpa nas contaminações mediúnicas, pois, o médium nem sempre consegue captar com tanta fidelidade o que ouve. Eu mesmo, ao tentar me lembrar do que eu vi e senti nas minhas viagens astrais, confesso que tenho esquecido muita coisa, e por lógica eu completo. Na minha ida à encarnação anterior, por exemplo, enquanto em desdobramento eu sabia quem era o noivo que deixei no altar, pois, eu o conheço, está encarnado. Todavia, quando voltei ao corpo, não me lembro quem é. Não me lembro em qual cidade do mundo eu vivia. Mas em desdobramento eu sabia e estava tão segura de tudo... Isto me dá a certeza de que já vivi uma outra vida anterior encarnada aqui na Terra, mas os detalhes, eu não posso descrever sem mentir ou "chutar". Chutar, tentar explicar, levantar hipóteses, tá era uma casa com paredes brancas, e daí? Quantos milhões de casas cercadas por gramados e paredes brancas tem no mundo? Estou muito interessada no assunto e não descanso enquanto não derrubar a tese de Ary Lex, a de que a mediunidade se processa no perispírito.